sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A água bateu na... cintura
Inadimplência de pessoa física é a maior desde 2002
Blog do Josias - Dados divulgos nesta quinta (26) pelo BC indicam que continua subindo a inadimplência no crédito bancário.
O calote nos empréstimos subiu de 4,4% em dezembro de 2008 para 4,6% em janeiro de 2009. É o maior patamar desde agosto de 2007 (4,7%).
Quem mais passou os financiamentos no beiço foram as pessoas físicas. Nesse segmento, as operações com atraso de mais de 90 dias subiram de 8% para 8,3%.
É o mais vistoso índice de inadimplência em empréstimos pessoais desde maio de 2002, mês em que se havia anotado um de 8,4%.
Entre as empresas, a inadimplência subiu de 1,8% para 2% --pouco abaixo dos 2,2% anotados em novembro de 2007.
O BC também informou que, em janeiro, os empréstimos bancários atingiram a impressionante marca de R$ 1,229 trilhão.
Uma pendura que corresponde a 41,2% do PIB brasileiro. Há um ano, o total de empréstimos somava 34,2% do PIB.
Juntando-se as duas pontas, tem-se o pior dos mundos: para uma dívida cada vez maior, o brasileiro exibe capacidade de pagamento cada vez menor.
Num cenário assim, não resta aos bancos senão abrir uma gigantesca mesa de negociação.
Sabem que, sob crise, se puxarem demasiado a borracha do estilingue, acabam matando a galinha dos ovos de barro.
De resto, a inadimplência não conspurcou o otimismo oficial. Ouça-se o ministro Guido Mantega (Fazenda):
"Eu não vi a inadimplência super alta. Eu vi uma pequena elevação. É normal que em janeiro e fevereiro haja isso...”
“...Você tem vencimentos de pagamentos de IPTU, IPVA. Isso não significa nenhuma deterioração importante da economia brasileira".
Moral: nos olhos dos outros, falta de dinheiro é refresco.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Diário de um pai - O ultrassom
Meu bebê resolveu vir justo num época de mudanças... O novo acordo ortográfico me obriga escrever "ultrassom". Sorte a dele vir depois. Vou levar anos para reaprender (será que continua sendo escrito assim?) a escrever.
Segue tudo bem com a gravidez, e pra falar a verdade esperávamos algo mais complicado. Enjoos (olha que estranho sem o acento "^") não deram as caras.
Na última sexta-feira (antes do feriado do Carnaval) acompanhei a D. Onça a uma sessão de cinema. Na verdade era um monólogo apresentado por nosso(a) filho(a): o primeiro ultrassom que participei.
As letrinhas na tela já não surpreendem mais (ainda criança fiz um ecocardiograma e perguntei se o coração tinha letrinhas), mas ver o bebê ali dentro teve seu pingo de emoção. Digo pingo, pois não me emocionei como a D. Onça, afinal ela é a mãe.
Fiquei empolgado como a tecnologia já nos aproxima. É como se ele já estivesse do outro lado no Skype (ter um pai tecnólotra leva a essas comparações). O médico até me disse que é possível que em alguns anos tenhamos aparelhos portáteis de ultrassom a um preço camarada.
É algo que tem lá seus riscos, mas com certeza, se vier, nos adaptaremos.
Do alto de seus 9 cm nosso bebê até que fez bonito. Esticou as pernas, balançou as mão e os braços. Deverá ter o exibicionismo contido do pai... (Quem me conhece sabe do que se trata... rsrsr.)
A definição se tratamos com um menino ou menina ficou para a próxima. 12 semanas não foram suficientes para nos mostrar.
Em tempo: A imagem que ilustra esse post não é de nosso bebê. Como não levamos máquina ao médico e o aparelho dele não salva as imagens em formato que possamos salvar, tive que buscar no Google Images alguma foto semelhante.
De qualquer forma fica aqui uma promessa: na próxima vez serei o cameraman.
Textos falsos na Internet
Toda vez que recebo algum texto ou história por e-mail dou um ctrl+C em parte do que está escrito e busco no Google. É muito comum que não seja verdade ou até mesmo que tenham utilizado o nome de um escritor ou articulista famoso.
A matéria abaixo é do Folha Online de ontem e mostra que os textos falsos incomodam aqueles que tem seus nomes associados a imbecilidades.
Há inclusive comunidades o Orkut que tentam encontrar os verdadeiros criadores dos textos. Vejam abaixo:
O título do e-mail começa com "Enc: Fw: Fwd: En:", sugerindo que o material já frequentou um bocado de caixas de entrada.
O conteúdo pode ser um texto motivacional, uma história engraçadinha ou uma crítica virulenta ao governo. Mas o autor, quase sempre, é um escritor consagrado. Bem, não exatamente.
Vítimas habituais da atribuição indevida de autoria de textos na internet, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mario Quintana não podem mais se defender.
Mas Luis Fernando Verissimo, de tanto ver seu nome associado a textos que não escreveu --e de ser espinafrado e parabenizado por eles-- já se manifestou mais de uma vez sobre o assunto.
"O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um texto meu que adorara, e que, claro, não era meu", escreveu em 2005 no jornal "Zero Hora". "Agradeci, modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não merece."
Leia o restante aqui no site do Folha Online.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Em vez de abismos, pontes
O Portal da HSM Management foi reformado (assim como o da Revista Exame). Ficou muito bom e continua oferecendo informação de primeira.
Deixo abaixo um pequeno trecho e a indicação de um texto de Alexandra Delfino de Sousa sobre Robert Kaplan, um dos palestrantes do Fórum da Lucratividade que acontecerá no próximo mês em São Paulo.
Entre as ferramentas de gestão que mais admiro e estudo está o BSC (Balanced Scorecard) e no ano passado dei início a uma série de leituras com o primeiro livro da série. Depois fiz um pequeno desvio para a "Estratégia do Oceano Azul" e "Execução". Pretendo voltar ao BSC agora. Talvez estude Estratégia de maneira mais abrangente... Como disciplina, além de ferramenta.
Vamos ao texto:
Talvez você não se lembre prontamente do nome Robert Kaplan, mas certamente se lembrará da sua criação mais famosa, o balanced scorecard. Junto com David Norton, Kaplan desenvolveu esse método em 1992. Desde então, ele vem sendo aplicado –com sucesso, segundo pesquisas– por empresas do mundo todo que lutam por traduzir objetivos estratégicos em ações factíveis e resultados efetivos. É com base nesse anseio pela execução coerente, em meio às pressões do dia-a-dia da operação, que Kaplan, professor da Harvard Business School, vem desenvolvendo grande parte de seu trabalho.
...
A definição da estratégia é o primeiro estágio do circuito, que é seguido pela tradução da estratégia. Essa tradução se dá por meio dos balanced scorecards e dos mapas estratégicos. Os balanced scorecards estendem a visão dos líderes da empresa a toda a organização e medem aquilo que importa, permitindo avaliar se as atividades e setores estão contribuindo para a conquista dos objetivos estratégicos.
Os mapas estratégicos, por sua vez, estruturam a estratégia em grandes temas que, por sua vez, são detalhados em objetivos estratégicos. Em seguida, cada tema estratégico é decomposto em metas financeiras, que sejam reflexo da visão da empresa e que sejam alcançáveis. Se o que se busca, por exemplo, é aumentar os lucros para um certo patamar em determinado espaço de tempo, essa meta pode ser dividida em metas de operações, de gestão de clientes e de crescimento.
Leia a íntegra aqui, no Portal da HSM Management.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Chamado de corrupto, PMDB finge que não é com ele
Blog do Josias - Uma das características mais curiosas da corrupção se observa nos partidos políticos. O corrupto está sempre nas outras legendas.
No último final de semana, numa entrevista ao estilo arrasa-quarteirão, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subverteu a praxe.
Olhou de relance para o quintal dos vizinhos: “A corrupção está impregnada em todos os partidos”.
Mas lançou um olhar especialmente severo para o gramado ao se redor: “Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.
Citou Renan Calheiros: “Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido”.
Mencionou José Sarney: “A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador [...]. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão”.
Pois bem, chamado para a briga por um dos seus, o PMDB decidiu fingir que não é com ele. Em nota, a Executiva da legenda disse que “não dará maior atenção” ao tema.
Em entrevista, Michel Temer (SP), presidente do partido, disse que demasiado “genéricas” as acusações do colega Jarbas.
Como dirigente da legenda, Temer não cogita pedir a expulsão de Jarbas. Havendo uma representação formal de outro filiado, dará curso a ela.
De resto, não se ouviu durante o dia uma mísera palavra de Renan. Nada de Sarney. Silêncio de velório.
Aqui e ali, ecoaram manifestações de desconforto e de solidariedade. Ponto. Só não ficou nisso porque Jarbas decidiu manter os lábios grudados no trombone.
“Eu não retiro nada do que eu disse, quem quiser me processar, procure o conselho de ética do partido", repisou o senador, um sobrevivente do velho MDB.
Os repórteres cobraram nomes. E Jarbas: "Como posso citar nomes? É um número muito volumoso, eu não vim ficar como auditor do PMDB no Congresso...”
“...Eu não disse que todo o PMDB era corrupto, mas grande parte. São nos escalões superiores que a corrupção vive".
A reação do PMDB aos ataques de Jarbas é tão amena que extinguiu-se em relação ao partido até o benefício da dúvida.
O absurdo e a perversão adquiriram no PMDB uma doce, persuasiva e admirável naturalidade.
Um ano de Google Analytics
No último dia 10 completei o primeiro ano de utilização do Google Analytics como forma de monitoramento da audiência no Blog.
Como tudo que o Google faz, a ferramenta é fantástica.
Nos 12 meses recebi 7.026 visitas (19,14/dia) divididas em quatro momentos distintos. Do dia 10/2 até o mês de maio quando fiz uma grande reforma no Blog. De maio a agosto com boa audiência e assuntos variados. De agosto a dezembro, com a ajuda da crise financeira o número visitas cresceu (tenho gosto por Finanças e Economia). De dezembro até fevereiro, o período de férias associado à conformidade com a crise derrubou meus números.
A página de entrada do Blog é a mais acessada pois é ela quem costuma aparecer nas pesquisas no Google. Como não sou blogueiro profissional devo me conformar em ter 23% de "taxa de permanência" (apenas 1.615 vistantes de fato leram alguma coisa no Blog).
Isoladamente o tema TCC de Logística é o que mais chama as visitas.
Muito bem, continuo recomendando a prática, embora nos últimos meses tenha ficado um tanto fora do circuito.
Agora, já estou a pensar em quais mudanças efetuar no Layout para o aniversário do Blog...
Obrigado pela leitura e, sempre que puderem, deixem seus comentários.
Para acessar um exemplo das informações que o Google Analytics me oferece cliquem aqui para ver meus dados de 10/02/2008 a 10/02/2009.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Documentário sobre a Apple
Agora há pouco estava lendo o excelente Blog da HSM e me deparei com o post que deixo abaixo (e o vídeo acima). É sobre um documentário a ser lançado sobre a Apple.
Nunca tinha ouvido falar, mas uma pequena pesquisa na internet mostra que se fala nele há um ano. Espero ter acesso em breve... Mais um detalhe, vejam que o Jorge Carvalho da HSM diz tratar-se "da melhor experiência com um computador" que ele já teve. Afianço a vocês: ele tem toda razão.
Blog da HSM (Jorge Carvalho) - Em 2008, eu finalmente entrei para a lista dos MacManíacos. Comprei meu primeiro MacBook e posso dizer que é a melhor experiência com um computador que eu já tive. Pra começar, não precisa de anti-vírus. O sistema operacional é intuitivo e funciona perfeitamente com o hardware, ou seja, dificilmente trava. “Welcome to Macintosh” é um documentários que tenta explicar um pouco desse fenômeno que é a Apple e trás entrevistas com as pessoas envolvidas no desenvolvimento dos seus produtos. Para saber mais, visite a página oficial welcometomacintosh.com
Política - A semana vai começar quente
A semana vai começar quente para a política nacional.
Ontem comecei ler a versão online da VEJA desta semana e vi a entrevista com o Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (gostaria de ter colocado este post ontem no ar, mas o 3G...).
A chamada para a entrevista já é pesada: "O PMDB é corrupto". Tá bom, todo mundo sabe disso e poderíamos substituir a sigla por qualquer outra existente no país, mas quando alguém da estatura do Senador diz o que só se fala nos bastidores, tem-se uma oportunidade rara. O que virá em seguida?! Sei lá...
Vejam abaixo duas das respostas que mais me chamaram a atenção:
A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.
O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.
Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.
O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.
Vasculhando a internet não achei muita coisa, o que me indica que o PMDB deve estar se mexendo para contornar a situação, porém o que escreveu o Noblat (quem tem seu Blog no Globo) faz bastante sentido:
- Não me lembro de ter lido nos últimos 10 anos entrevista mais contundente, mais arrasadora, mais direta, mais franca, mais espantosamente realista.
A conferir...
Ontem comecei ler a versão online da VEJA desta semana e vi a entrevista com o Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (gostaria de ter colocado este post ontem no ar, mas o 3G...).
A chamada para a entrevista já é pesada: "O PMDB é corrupto". Tá bom, todo mundo sabe disso e poderíamos substituir a sigla por qualquer outra existente no país, mas quando alguém da estatura do Senador diz o que só se fala nos bastidores, tem-se uma oportunidade rara. O que virá em seguida?! Sei lá...
Vejam abaixo duas das respostas que mais me chamaram a atenção:
A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.
O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.
Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.
O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.
Vasculhando a internet não achei muita coisa, o que me indica que o PMDB deve estar se mexendo para contornar a situação, porém o que escreveu o Noblat (quem tem seu Blog no Globo) faz bastante sentido:
- Não me lembro de ter lido nos últimos 10 anos entrevista mais contundente, mais arrasadora, mais direta, mais franca, mais espantosamente realista.
A conferir...
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Imigração é a saída para a crise americana, afirma Thomas L.Friedman
PORTAL EXAME Enquanto o mercado ainda se refaz da frustração causada pela escassez de detalhes dos planos de socorro aos bancos americanos, apresentado nesta terça-feira (10/2) pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, os especialistas buscam as lacunas dos pacotes. A maioria das críticas converge para a insuficiência das medidas, a dificuldade de precificar os ativos podres em poder dos bancos, e a repetição de fórmulas já propostas pelo governo Bush. Uma das avaliações mais originais, até o momento, é a de Thomas L.Friedman, o badalado colunista do jornal New York Times e autor do best seller "O Mundo é Plano". Para Friedman, a solução para a crise americana é abrir ao máximo o país para os imigrantes.
Em um artigo publicado nesta quarta-feira (11/2) no NYT, cujo título é "The Open-Door Bailout" (algo como O pacote das portas abertas, em uma tradução livre), Friedman afirma que o que transformou os Estados Unidos no país mais rico do mundo foi uma fórmula simples. "Não foi o protecionismo, ou os bancos públicos, ou o medo do livre comércio. Não. A fórmula foi muito simples: criar uma economia realmente aberta, realmente flexível, tolerante, cuja destruição criativa permite que o capital morto seja rapidamente reempregado em melhores idéias e companhias, plena dos mais diversos, inteligentes e enérgicos imigrantes de todas as partes do mundo".
Friedman critica a aprovação no início de fevereiro, pelo Senado, de uma medida que proíbe que instituições financeiras que recebam ajuda pública contratem estrangeiros para cargos de alta qualificação ou mesmo empregos temporários. Segundo Friedman, isso é um "mau sinal". "Em uma era na qual atrair o primeiro time intelectual de todo o mundo é a vantagem competitiva mais importante que se pode ter na economia do conhecimento, por que impomos barreiras a esse poder intelectual? Isso se chama ´Velha Europa`. Isso pode ser soletrado como E-S-T-U-P-I-D-E-Z".
O autor relata conversas que teve, nesta semana, com empresários e intelectuais da Índia. Um membro do conselho da Infosys, uma das gigantes de tecnologia do país, por exemplo, lhe disse que proibir a entrada de indianos nos Estados Unidos será "a melhor coisa para a Índia, e a pior para os americanos, porque os indianos serão forçados a inovar em seu próprio país".
Friedman critica a política protecionista americana, ao afirmar que a imposição de barreiras foi a responsável por transformar a Grande Depressão dos anos 30 em "grande". "Vivemos em uma era tecnológica, na qual cada estudo mostra que quanto mais conhecimento um trabalhador possui, mais rápido sua renda cresce. Portanto, o centro do nosso estímulo, o princípio norteador deveria ser estimular tudo que possa nos tornar mais inteligentes, e atrair o máximo de pessoas capacitadas para nossas terras. Esse é o melhor modo de criar bons empregos", escreve Friedman.
O autor cita um estudo de Vivek Wadhwa, um pesquisador sênior da Harvard Law School. A pesquisa mostra que, na última década, os imigrantes responderam pela fundação de metade das empresas do Vale do Silício - o pólo de tecnologia mais famoso dos Estados Unidos. Em 2005, as companhias criadas pelos imigrantes respondiam por 450.000 funcionários e faturaram cerca de 52 bilhões de dólares.
Segundo Friedman, criar condições para a fundação de novas empresas é tão importante quanto resolver os problemas financeiros e de desemprego criados pela crise. "Adoraria ver o pacote de estímulo incluir um fundo público de capital de risco, com o objetivo de financiar todos os start-up que não deslancham atualmente pela falta de liquidez dos meios tradicionais de crédito", escreve.
"Precisamos atacar a crise financeira com Green cards e não apenas com papel-moeda, com novas empresas e não apenas com pacotes de ajuda. Uma Detroit é suficiente", afirma Friedman.
Em um artigo publicado nesta quarta-feira (11/2) no NYT, cujo título é "The Open-Door Bailout" (algo como O pacote das portas abertas, em uma tradução livre), Friedman afirma que o que transformou os Estados Unidos no país mais rico do mundo foi uma fórmula simples. "Não foi o protecionismo, ou os bancos públicos, ou o medo do livre comércio. Não. A fórmula foi muito simples: criar uma economia realmente aberta, realmente flexível, tolerante, cuja destruição criativa permite que o capital morto seja rapidamente reempregado em melhores idéias e companhias, plena dos mais diversos, inteligentes e enérgicos imigrantes de todas as partes do mundo".
Friedman critica a aprovação no início de fevereiro, pelo Senado, de uma medida que proíbe que instituições financeiras que recebam ajuda pública contratem estrangeiros para cargos de alta qualificação ou mesmo empregos temporários. Segundo Friedman, isso é um "mau sinal". "Em uma era na qual atrair o primeiro time intelectual de todo o mundo é a vantagem competitiva mais importante que se pode ter na economia do conhecimento, por que impomos barreiras a esse poder intelectual? Isso se chama ´Velha Europa`. Isso pode ser soletrado como E-S-T-U-P-I-D-E-Z".
O autor relata conversas que teve, nesta semana, com empresários e intelectuais da Índia. Um membro do conselho da Infosys, uma das gigantes de tecnologia do país, por exemplo, lhe disse que proibir a entrada de indianos nos Estados Unidos será "a melhor coisa para a Índia, e a pior para os americanos, porque os indianos serão forçados a inovar em seu próprio país".
Friedman critica a política protecionista americana, ao afirmar que a imposição de barreiras foi a responsável por transformar a Grande Depressão dos anos 30 em "grande". "Vivemos em uma era tecnológica, na qual cada estudo mostra que quanto mais conhecimento um trabalhador possui, mais rápido sua renda cresce. Portanto, o centro do nosso estímulo, o princípio norteador deveria ser estimular tudo que possa nos tornar mais inteligentes, e atrair o máximo de pessoas capacitadas para nossas terras. Esse é o melhor modo de criar bons empregos", escreve Friedman.
O autor cita um estudo de Vivek Wadhwa, um pesquisador sênior da Harvard Law School. A pesquisa mostra que, na última década, os imigrantes responderam pela fundação de metade das empresas do Vale do Silício - o pólo de tecnologia mais famoso dos Estados Unidos. Em 2005, as companhias criadas pelos imigrantes respondiam por 450.000 funcionários e faturaram cerca de 52 bilhões de dólares.
Segundo Friedman, criar condições para a fundação de novas empresas é tão importante quanto resolver os problemas financeiros e de desemprego criados pela crise. "Adoraria ver o pacote de estímulo incluir um fundo público de capital de risco, com o objetivo de financiar todos os start-up que não deslancham atualmente pela falta de liquidez dos meios tradicionais de crédito", escreve.
"Precisamos atacar a crise financeira com Green cards e não apenas com papel-moeda, com novas empresas e não apenas com pacotes de ajuda. Uma Detroit é suficiente", afirma Friedman.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O Nobel Krugman e a crise
Com o Claro 3G dando uma trégua no domingo pude voltar a fazer o que mais gosto: ler (de preferência atualidades financeiro-econômicas na internet).
As notícias sobre a crise americana já se tornaram costumeiras e parece-me que o mercado baixou um pouco a guarda para uma recente valorização. Pra ficar num exemplo pessoal, a pequena quantia que me sobrou investida após a compra do carro aumentou quase 10% desde 01 de fevereiro.
Por isso, me chamaram a atenção os artigos de Paul Krugman no NY Times. Krugman ganhou o Nobel de Economia no ano passado, mas já era reconhecido por escrever sobre Economia de uma forma um tanto mais fácil de se entender.
Ele apresenta várias críticas (e agluns elogios) ao pacote de Obama e sua forma de conduzir a crise nesse início de governo. O ponto dele é simples e nos leva a pensar sobre o que vem por aí: espera-se uma queda de 14% no PIB americano nos próximos dois anos (um tombo e tanto que traz preocupação a todos) e isso representa aproximadamente US$2 trilhões (isso mesmo, mais ou menos dois "Brasis"). Há previsões ainda piores... Visto sob essa ótica, o pacote de US$800 bilhões é pouco, muito pouco.
Pra piorar, pelo o que se tem do final de semana, ele deve ficar menor e boa parte se dará por redução de impostos. Algo que os republicanos vem fazendo há anos e já se mostrou insuficiente para debelar a crise. Aliás, ontem durante THE DAILY SHOW: GLOBAL EDITION a piada do momento era sobre a insistência nessa história de cortar impostos.
Krugman continua traduzindo números em realidade e afirma que a redução que o senado impôs ao plano vai se traduzir em mais 600.000 americanos desempregados. É muita gente...
Se você se interessa por Economia deve estar gostando do que vê, por isso recomendo Krugman entre seus "Favoritos".
Pra fechar, um pouco abaixo, ele comenta o risco de deflação na economia americana. Aí é pra fechar a tampa... A equipe de Obama já se convenceu do risco e o presidente engrossou a voz para dizer que uma catástrofe poderia acontecer se o pacote não fosse aprovado.
Para Krugman isso deve acontecer de qualquer jeito. Fiquemos atentos.
As notícias sobre a crise americana já se tornaram costumeiras e parece-me que o mercado baixou um pouco a guarda para uma recente valorização. Pra ficar num exemplo pessoal, a pequena quantia que me sobrou investida após a compra do carro aumentou quase 10% desde 01 de fevereiro.
Por isso, me chamaram a atenção os artigos de Paul Krugman no NY Times. Krugman ganhou o Nobel de Economia no ano passado, mas já era reconhecido por escrever sobre Economia de uma forma um tanto mais fácil de se entender.
Ele apresenta várias críticas (e agluns elogios) ao pacote de Obama e sua forma de conduzir a crise nesse início de governo. O ponto dele é simples e nos leva a pensar sobre o que vem por aí: espera-se uma queda de 14% no PIB americano nos próximos dois anos (um tombo e tanto que traz preocupação a todos) e isso representa aproximadamente US$2 trilhões (isso mesmo, mais ou menos dois "Brasis"). Há previsões ainda piores... Visto sob essa ótica, o pacote de US$800 bilhões é pouco, muito pouco.
Pra piorar, pelo o que se tem do final de semana, ele deve ficar menor e boa parte se dará por redução de impostos. Algo que os republicanos vem fazendo há anos e já se mostrou insuficiente para debelar a crise. Aliás, ontem durante THE DAILY SHOW: GLOBAL EDITION a piada do momento era sobre a insistência nessa história de cortar impostos.
Krugman continua traduzindo números em realidade e afirma que a redução que o senado impôs ao plano vai se traduzir em mais 600.000 americanos desempregados. É muita gente...
Se você se interessa por Economia deve estar gostando do que vê, por isso recomendo Krugman entre seus "Favoritos".
Pra fechar, um pouco abaixo, ele comenta o risco de deflação na economia americana. Aí é pra fechar a tampa... A equipe de Obama já se convenceu do risco e o presidente engrossou a voz para dizer que uma catástrofe poderia acontecer se o pacote não fosse aprovado.
Para Krugman isso deve acontecer de qualquer jeito. Fiquemos atentos.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
GPS era coisa de Agrimensores e Cartógrafos
(Como o desempenho do 3G da Claro beirando a conexão discada está difícil escrever alguma coisa aqui no Blog. Pra dizer a verdade não se o que vou escrever agora será postado. Vamos ver...)
Nos últimos dias a "geoinformação" anda passeando pela mídia e minha porção Engenheiro Agrimensor vem à tona.
O vídeo aí em cima mostra as novidades da versão 5.0 do Google Earth que já está aqui na minha máquina. É incrível como algo que era tratado como mera possibilidade, quase uma abstração, nos tempo de Universidade, tenha se tornado realidade. Ali, temos Agrimensura (e Cartografia) em estado puro, a serviço de outras áreas (ciências, artes, entretenimento, etc). Toda vez que você identifica uma informação relacionada à uma posição do mapa, tenha isso como "geoinformação".
Na Revista Exame desta quinzena há uma matéria sobre GPS nos carros e mais uma vez fui lançado na Viçosa de minha memória. Em meados da década de 90, GPS era coisa de empresa estatal ou de "gente muito rica". Pra operar um aparelho daqueles havia treinamentos que duravam dias! Pois hoje não só migraram para carros, relógios e celulares, como também estão se conectando à internet e ganhando um mundo de possibilidades (por isso a reportagem na Exame), muito simples. Em pouco tempo, ao se aproximar da área onde quer ir, você será informado onde estão os estacionamentos mais próximos, quantas vagas há em cada um, quais os preços e qual a melhor forma de chegar... Seus amigos, sabendo pela tela que você escolheu determinado lugar, poderão ser informados e partirem pra lá também. Se preferir, uma reserva num restaurante próximo poderá ser efetuada. Tudo isso e muito mais na telinha do seu GPS.
Na Revista Info deste mês a matéria de capa é sobre Mapas na Web. É a concretização do que apresentei como Monografia no final do curso ("O uso da Internet na Engenharia de Agrimensura"). Servidores que disponibilizariam mapas a todo instante a quem tivesse uma boa conexão com a internet era uma das promessas que estavam para se cumprir. E, definitivamente, se cumpriu.
Não sei exatamente como a Universidade tem preparado os novo profissionais para os novos tempos. Lembrando que o Engenheiro Agrimensor ou Cartógrafo não fica de rua em rua coletando informações. Hoje o trabalho é de processamento de dados. Imagens de satélites, aéreas e terrestres combinadas com coordenadas que parecem se tornar um único elemento.
Parabéns pelo bom trabalho realizado.
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