Após um ano decepcionante, em que mal valorizou 1%, a Bolsa de Valores entrou com o "pé esquerdo" em 2011, proporcionando um dos piores retornos para investidor no mês de janeiro.
O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, que também serve de referência para boa parte dos fundos de renda variável na praça, teve perdas de 3,9%, quase repetindo o desempenho desastroso de novembro (queda de 4,2%).
Mas o mercado acionário ainda não foi o pior dos casos no ranking de investimentos deste mês. Os preços da commodity ouro, refúgio tradicional em momentos de nervosismo, derreteram brutais 9,4%, seguindo a onda de desvalorização externa desse ativo.
Embora de aplicação bem mais restrita, o ouro chamou a atenção dos investidores no ano passado, devido aos sucessivos recordes de preços, em meio à crise das moedas internacionais.
Outra aplicação de risco, o dólar, subiu 0,48%, um retorno pior do que a rentabilidade da caderneta de poupança (0,57%).
No entanto, nenhum dos dos investimentos acima foi capaz de bater a inflação do período, que ainda assombra os investidores: a alta do preços foi de 0,79%, pela leitura do IGP-M, normalmente utilizado para o reajuste dos aluguéis.
Somente alguns poucos investimentos de renda fixa conseguiram bater a inflação do mês, mas por (muito) pequena margem: a rentabilidade média do CDB foi 0,93%, enquanto os fundos DI proporcionaram retorno de 0,82%.