terça-feira, 11 de setembro de 2012

O MDP e meu projeto de vida...


* Texto escrito em 06 de setembro

Segue o vôo e as reflexões sobre a viagem continuam... Aliás, nota à margem, estas mensagens estão sendo postadas após meu desembarque porque, ao contrário da vinda, estamos numa aeronave mais antiga.
Quando vim, cheguei elogiar a Lufthansa no Facebook, peguei um avião novinho em folha com várias opções de entretenimento (mesmo na classe econômica), contando inclusive com wifi a bordo. Os 19 Euros pelo período da viagem (a zona de cobertura, na verdade, fica só em território europeu) ou 10 por hora, além do cansaço, me tiraram a vontade de navegar por aí. Ficou a curiosidade para ver como andaria a velocidade... Fecho aqui a nota à margem. Voltemos às reflexões...

Provavelmente todo curso de liderança passa a dica de pensarmos sobre nosso futuro, planejá-lo e escrever sobre ele. 1 ano, 5 anos,... Alguns falam até em ter 10 anos escritos num papel. Venho ouvindo isto desde os congressos de Empresas Juniores lá em meados de 90.
Pois bem, tendo este Blog por testemunha, sou um dos que acredita neste tipo de coisa. Entre 2000 e 2006 tive meu planejamento mentalmente montado. Em 2007, ao final das disciplinas do primeiro MBA, fui levado pela boa leitura do "Qual a cor doseu para-quedas" (este livro ajudou a mudar forma de me enxergar como profissional, por isso o recomendo fortemente) a escrever, de verdade, meu plano para 2008-2012.
Disse acima que tenho o Blog por testemunha porque lá no início de 2008 ele já existia e utilizei o espaço para compartilhar em vídeo os principais pontos para o ano. Os que tiverem com mais tempo poderão vê-lo aqui...
Pelo menos umas duas vezes a cada ano parei pra dar uma olhada neste documento. Ele me serviu de bússola na mais importante decisão que tomei no período (mudar completamente de vida, retornando para Macaé e assumir a função que tenho hoje - o que se mostrou uma decisão das mais acertadas em toda minha vida)...
Recentemente retornei ao documento para fazer duas palestras a grupos de estagiários ingressando na empresa. Ao final da parte "técnica" me senti na obrigação de aconselhá-los de alguma forma. Resolvi fazer por eles, o que fizeram por mim quando ainda era estudante. A dica é: pensem, reflitam e escrevam sobre o que esperam para os próximos anos.
A idéia não é acertar na mosca. Seria impossível... O mais importante é definir os seus drivers, entender o que está por trás de suas aspirações e, por que não?, estabelecer algumas metas a ser perseguidas.
Deixo o meu caso como exemplo. Lembrando que estamos falando de algo que foi escrito entre outubro e dezembro de 2007, eu tinha 1 ano e 6 meses de casado, era gerente administrativo de uma empresa nacional com aproximadamente 200-250 funcionários (excelente, diga-se de passagem) e terminando meu primeiro MBA. Vejam abaixo um pequeno trecho:
"Ao final 2012 estarei com minha esposa, com um filho(a) de três anos, preparando a gravidez do segundo (e último) filho(a).
Terei terminado um 2o MBA (em Finanças ou Projetos) e terei iniciado em 2012 o 3o MBA (em Projetos ou Finanças) ou Mestrado (Economia ou Administração). Ao terminar o MBA em Projetos é desejável que eu tente o PMP. Quero ter tido, pelo menos, duas oportunidades de realizar cursos internacionais como o módulo de Irvine-CA. Pretendo ser referência entre os que me conhecem em Estratégia e Finanças.
Estarei trabalhando numa multinacional do ramo de Petróleo & Gás, na área de Gestão como gerente ou diretor. Se a companhia oferecer oportunidade trabalho expatriado terei tomado esse caminho, caso contrario, gostaria de estar morando em Vitória, Santos ou São Paulo, Rio, BH ou Curitiba."
Os que me conhecem mais de perto já estão fazendo as contas. Eu ajudo vocês:
- Graças ao bom Deus segue tudo bem com o casamento. A D. Onça segue sendo minha esposa;
- O Antônio fez 3 anos no dia 24 do mês passado;
- "Preparando" a segunda gravidez não é exatamente a palavra, mas ela está em pauta;
- Termino o segundo MBA em março de 2013;
- Não terei iniciado o 3o... Mas ele, ou um mestrado, virá (provavelmente em 2015)
- Optei pelo MBA em Finanças e não tive a chance de voltar a fazer módulos internacionais;
- De certa forma tenho sido referência para os amigos quando o assunto é Plano de Negócios, Estratégia (não tanto quanto gostaria) e Finanças (aí sim, a minha praia);
- A melhor parte vem agora: a Susbsea 7 é uma das referências no Oil &Gas e minha função é fundamentalmente decisória, de gestão (imaginem-me olhando pra este documento em novembro de 2010 ao receber a proposta para deixar São Paulo e voltar para Macaé, que por sinal, não está na lista das cidades pretendidas (fazer o quê?);

Percebam que não se acerta tudo. Alguns itens vieram na mosca, outros dentro uma "tolerância" e outros nem passaram perto. O importante, como disse, não é acertar. Peguemos o 3o MBA ou mestrado. Não veio e, se vier, deve aparecer com mais de 2 anos de atraso. Errei? No timming sim, mas o que me levou lá atrás a escrever sobre ele é uma forte crença na Educação e ela está válida. Isso é o que realmente importa. O mesmo vale para a 2a gravidez, o trabalho expatriado ou cidade desejada. Podem até não vir no futuro. Não morrerei por causa disso... O fato é que tenho noção exata de minhas aspirações e elas vão me guiando pelo caminho.

Fechando este texto longo: isto tudo porque durante o curso lá em Aberdeen tivemos o mesmo exercício. Como estarei em 2017? Já tenho um esboço e tenho até dezembro para fechar a versão definitiva.
Encerro dizendo o que deixei para aqueles estagiários: pensem sobre suas vidas, escrevam sobre suas vidas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Management Development Program


* Texto escrito em 06 de Setembro

Vamos quebrar o jejum...
Estou no vôo de volta ao Brasil após a segunda sessão de um curso que a companhia chama de MDP - Management Development Program.
Trata-se de um programa muito interessante, na verdade talvez o melhor que já tenha feito (mesma opinião de alguns companheiros presentes com anos de experiência e muitos treinamentos nas costas). Em resumo, os camaradas não reinventam a roda ou dão shows mirabolantes, dinâmicas matadoras... Eles ensinam o simples, de uma maneira eficiente e  eficaz. De tão simples chega a impressionar...
Sabem aquelas técnicas de feedback, apresentação, negociação, alinhamento de equipes que vivem circulando por aí, pois é, eles passam por tudo isso... O que faz o curso ser tão bom então?
Deve haver muita ciência por trás, afinal a empresa (www.krauthammer.com) tem psicólogos no comando, mas o que eles fazem é uma seqüência impactante de um slide apresentando um conceito, uma pequena discussão e algumas simulações de situações da vida real (e põem real nisso) que nos marcam profundamente. Sei que é difícil que entendam pelo o que lêem, mas podem acreditar... Já não me lembro com exatidão o conteúdo dos poucos slides apresentados, mas não vou esquecer nunca o que senti durante as práticas (e também o que vi os outros sentindo). Assim fica mais fácil replicar...

Tenho certeza de que se não perder o bonde, encostando o material em alguma gaveta e não utilizando as ferramentas apresentadas, minha contribuição como profissional, e por consequência como pessoal, aumentará muito. Melhor para a empresa, para as pessoas que me cercam e pra mim.