sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A água bateu na... cintura


Inadimplência de pessoa física é a maior desde 2002

Blog do Josias - Dados divulgos nesta quinta (26) pelo BC indicam que continua subindo a inadimplência no crédito bancário.

O calote nos empréstimos subiu de 4,4% em dezembro de 2008 para 4,6% em janeiro de 2009. É o maior patamar desde agosto de 2007 (4,7%).

Quem mais passou os financiamentos no beiço foram as pessoas físicas. Nesse segmento, as operações com atraso de mais de 90 dias subiram de 8% para 8,3%.

É o mais vistoso índice de inadimplência em empréstimos pessoais desde maio de 2002, mês em que se havia anotado um de 8,4%.

Entre as empresas, a inadimplência subiu de 1,8% para 2% --pouco abaixo dos 2,2% anotados em novembro de 2007.

O BC também informou que, em janeiro, os empréstimos bancários atingiram a impressionante marca de R$ 1,229 trilhão.

Uma pendura que corresponde a 41,2% do PIB brasileiro. Há um ano, o total de empréstimos somava 34,2% do PIB.

Juntando-se as duas pontas, tem-se o pior dos mundos: para uma dívida cada vez maior, o brasileiro exibe capacidade de pagamento cada vez menor.

Num cenário assim, não resta aos bancos senão abrir uma gigantesca mesa de negociação.

Sabem que, sob crise, se puxarem demasiado a borracha do estilingue, acabam matando a galinha dos ovos de barro.

De resto, a inadimplência não conspurcou o otimismo oficial. Ouça-se o ministro Guido Mantega (Fazenda):

"Eu não vi a inadimplência super alta. Eu vi uma pequena elevação. É normal que em janeiro e fevereiro haja isso...”

“...Você tem vencimentos de pagamentos de IPTU, IPVA. Isso não significa nenhuma deterioração importante da economia brasileira".

Moral: nos olhos dos outros, falta de dinheiro é refresco.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Diário de um pai - O ultrassom


Meu bebê resolveu vir justo num época de mudanças... O novo acordo ortográfico me obriga escrever "ultrassom". Sorte a dele vir depois. Vou levar anos para reaprender (será que continua sendo escrito assim?) a escrever.

Segue tudo bem com a gravidez, e pra falar a verdade esperávamos algo mais complicado. Enjoos (olha que estranho sem o acento "^") não deram as caras.
Na última sexta-feira (antes do feriado do Carnaval) acompanhei a D. Onça a uma sessão de cinema. Na verdade era um monólogo apresentado por nosso(a) filho(a): o primeiro ultrassom que participei.
As letrinhas na tela já não surpreendem mais (ainda criança fiz um ecocardiograma e perguntei se o coração tinha letrinhas), mas ver o bebê ali dentro teve seu pingo de emoção. Digo pingo, pois não me emocionei como a D. Onça, afinal ela é a mãe.
Fiquei empolgado como a tecnologia já nos aproxima. É como se ele já estivesse do outro lado no Skype (ter um pai tecnólotra leva a essas comparações). O médico até me disse que é possível que em alguns anos tenhamos aparelhos portáteis de ultrassom a um preço camarada.
É algo que tem lá seus riscos, mas com certeza, se vier, nos adaptaremos.
Do alto de seus 9 cm nosso bebê até que fez bonito. Esticou as pernas, balançou as mão e os braços. Deverá ter o exibicionismo contido do pai... (Quem me conhece sabe do que se trata... rsrsr.)
A definição se tratamos com um menino ou menina ficou para a próxima. 12 semanas não foram suficientes para nos mostrar.

Em tempo: A imagem que ilustra esse post não é de nosso bebê. Como não levamos máquina ao médico e o aparelho dele não salva as imagens em formato que possamos salvar, tive que buscar no Google Images alguma foto semelhante.
De qualquer forma fica aqui uma promessa: na próxima vez serei o cameraman.

Textos falsos na Internet


Toda vez que recebo algum texto ou história por e-mail dou um ctrl+C em parte do que está escrito e busco no Google. É muito comum que não seja verdade ou até mesmo que tenham utilizado o nome de um escritor ou articulista famoso.
A matéria abaixo é do Folha Online de ontem e mostra que os textos falsos incomodam aqueles que tem seus nomes associados a imbecilidades.
Há inclusive comunidades o Orkut que tentam encontrar os verdadeiros criadores dos textos. Vejam abaixo:


O título do e-mail começa com "Enc: Fw: Fwd: En:", sugerindo que o material já frequentou um bocado de caixas de entrada.
O conteúdo pode ser um texto motivacional, uma história engraçadinha ou uma crítica virulenta ao governo. Mas o autor, quase sempre, é um escritor consagrado. Bem, não exatamente.
Vítimas habituais da atribuição indevida de autoria de textos na internet, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mario Quintana não podem mais se defender.
Mas Luis Fernando Verissimo, de tanto ver seu nome associado a textos que não escreveu --e de ser espinafrado e parabenizado por eles-- já se manifestou mais de uma vez sobre o assunto.
"O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um texto meu que adorara, e que, claro, não era meu", escreveu em 2005 no jornal "Zero Hora". "Agradeci, modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não merece."


Leia o restante aqui no site do Folha Online.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Em vez de abismos, pontes


O Portal da HSM Management foi reformado (assim como o da Revista Exame). Ficou muito bom e continua oferecendo informação de primeira.
Deixo abaixo um pequeno trecho e a indicação de um texto de Alexandra Delfino de Sousa sobre Robert Kaplan, um dos palestrantes do Fórum da Lucratividade que acontecerá no próximo mês em São Paulo.

Entre as ferramentas de gestão que mais admiro e estudo está o BSC (Balanced Scorecard) e no ano passado dei início a uma série de leituras com o primeiro livro da série. Depois fiz um pequeno desvio para a "Estratégia do Oceano Azul" e "Execução". Pretendo voltar ao BSC agora. Talvez estude Estratégia de maneira mais abrangente... Como disciplina, além de ferramenta.

Vamos ao texto:


Talvez você não se lembre prontamente do nome Robert Kaplan, mas certamente se lembrará da sua criação mais famosa, o balanced scorecard. Junto com David Norton, Kaplan desenvolveu esse método em 1992. Desde então, ele vem sendo aplicado –com sucesso, segundo pesquisas– por empresas do mundo todo que lutam por traduzir objetivos estratégicos em ações factíveis e resultados efetivos. É com base nesse anseio pela execução coerente, em meio às pressões do dia-a-dia da operação, que Kaplan, professor da Harvard Business School, vem desenvolvendo grande parte de seu trabalho.
...
A definição da estratégia é o primeiro estágio do circuito, que é seguido pela tradução da estratégia. Essa tradução se dá por meio dos balanced scorecards e dos mapas estratégicos. Os balanced scorecards estendem a visão dos líderes da empresa a toda a organização e medem aquilo que importa, permitindo avaliar se as atividades e setores estão contribuindo para a conquista dos objetivos estratégicos.
Os mapas estratégicos, por sua vez, estruturam a estratégia em grandes temas que, por sua vez, são detalhados em objetivos estratégicos. Em seguida, cada tema estratégico é decomposto em metas financeiras, que sejam reflexo da visão da empresa e que sejam alcançáveis. Se o que se busca, por exemplo, é aumentar os lucros para um certo patamar em determinado espaço de tempo, essa meta pode ser dividida em metas de operações, de gestão de clientes e de crescimento.

Leia a íntegra aqui, no Portal da HSM Management.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chamado de corrupto, PMDB finge que não é com ele


Blog do Josias - Uma das características mais curiosas da corrupção se observa nos partidos políticos. O corrupto está sempre nas outras legendas.
No último final de semana, numa entrevista ao estilo arrasa-quarteirão, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subverteu a praxe.
Olhou de relance para o quintal dos vizinhos: “A corrupção está impregnada em todos os partidos”.
Mas lançou um olhar especialmente severo para o gramado ao se redor: “Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.
Citou Renan Calheiros: “Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido”.
Mencionou José Sarney: “A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador [...]. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão”.
Pois bem, chamado para a briga por um dos seus, o PMDB decidiu fingir que não é com ele. Em nota, a Executiva da legenda disse que “não dará maior atenção” ao tema.
Em entrevista, Michel Temer (SP), presidente do partido, disse que demasiado “genéricas” as acusações do colega Jarbas.
Como dirigente da legenda, Temer não cogita pedir a expulsão de Jarbas. Havendo uma representação formal de outro filiado, dará curso a ela.
De resto, não se ouviu durante o dia uma mísera palavra de Renan. Nada de Sarney. Silêncio de velório.
Aqui e ali, ecoaram manifestações de desconforto e de solidariedade. Ponto. Só não ficou nisso porque Jarbas decidiu manter os lábios grudados no trombone.
“Eu não retiro nada do que eu disse, quem quiser me processar, procure o conselho de ética do partido", repisou o senador, um sobrevivente do velho MDB.
Os repórteres cobraram nomes. E Jarbas: "Como posso citar nomes? É um número muito volumoso, eu não vim ficar como auditor do PMDB no Congresso...”
“...Eu não disse que todo o PMDB era corrupto, mas grande parte. São nos escalões superiores que a corrupção vive".
A reação do PMDB aos ataques de Jarbas é tão amena que extinguiu-se em relação ao partido até o benefício da dúvida.
O absurdo e a perversão adquiriram no PMDB uma doce, persuasiva e admirável naturalidade.

Um ano de Google Analytics


No último dia 10 completei o primeiro ano de utilização do Google Analytics como forma de monitoramento da audiência no Blog.
Como tudo que o Google faz, a ferramenta é fantástica.
Nos 12 meses recebi 7.026 visitas (19,14/dia) divididas em quatro momentos distintos. Do dia 10/2 até o mês de maio quando fiz uma grande reforma no Blog. De maio a agosto com boa audiência e assuntos variados. De agosto a dezembro, com a ajuda da crise financeira o número visitas cresceu (tenho gosto por Finanças e Economia). De dezembro até fevereiro, o período de férias associado à conformidade com a crise derrubou meus números.

A página de entrada do Blog é a mais acessada pois é ela quem costuma aparecer nas pesquisas no Google. Como não sou blogueiro profissional devo me conformar em ter 23% de "taxa de permanência" (apenas 1.615 vistantes de fato leram alguma coisa no Blog).
Isoladamente o tema TCC de Logística é o que mais chama as visitas.

Muito bem, continuo recomendando a prática, embora nos últimos meses tenha ficado um tanto fora do circuito.
Agora, já estou a pensar em quais mudanças efetuar no Layout para o aniversário do Blog...

Obrigado pela leitura e, sempre que puderem, deixem seus comentários.

Para acessar um exemplo das informações que o Google Analytics me oferece cliquem aqui para ver meus dados de 10/02/2008 a 10/02/2009.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Documentário sobre a Apple


Agora há pouco estava lendo o excelente Blog da HSM e me deparei com o post que deixo abaixo (e o vídeo acima). É sobre um documentário a ser lançado sobre a Apple.
Nunca tinha ouvido falar, mas uma pequena pesquisa na internet mostra que se fala nele há um ano. Espero ter acesso em breve... Mais um detalhe, vejam que o Jorge Carvalho da HSM diz tratar-se "da melhor experiência com um computador" que ele já teve. Afianço a vocês: ele tem toda razão.

Blog da HSM (Jorge Carvalho) - Em 2008, eu finalmente entrei para a lista dos MacManíacos. Comprei meu primeiro MacBook e posso dizer que é a melhor experiência com um computador que eu já tive. Pra começar, não precisa de anti-vírus. O sistema operacional é intuitivo e funciona perfeitamente com o hardware, ou seja, dificilmente trava. “Welcome to Macintosh” é um documentários que tenta explicar um pouco desse fenômeno que é a Apple e trás entrevistas com as pessoas envolvidas no desenvolvimento dos seus produtos. Para saber mais, visite a página oficial welcometomacintosh.com

Política - A semana vai começar quente

A semana vai começar quente para a política nacional.
Ontem comecei ler a versão online da VEJA desta semana e vi a entrevista com o Senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (gostaria de ter colocado este post ontem no ar, mas o 3G...).

A chamada para a entrevista já é pesada: "O PMDB é corrupto". Tá bom, todo mundo sabe disso e poderíamos substituir a sigla por qualquer outra existente no país, mas quando alguém da estatura do Senador diz o que só se fala nos bastidores, tem-se uma oportunidade rara. O que virá em seguida?! Sei lá...
Vejam abaixo duas das respostas que mais me chamaram a atenção:

A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.
O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.

Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.
O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.

Vasculhando a internet não achei muita coisa, o que me indica que o PMDB deve estar se mexendo para contornar a situação, porém o que escreveu o Noblat (quem tem seu Blog no Globo) faz bastante sentido:
- Não me lembro de ter lido nos últimos 10 anos entrevista mais contundente, mais arrasadora, mais direta, mais franca, mais espantosamente realista.

A conferir...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Imigração é a saída para a crise americana, afirma Thomas L.Friedman

PORTAL EXAME Enquanto o mercado ainda se refaz da frustração causada pela escassez de detalhes dos planos de socorro aos bancos americanos, apresentado nesta terça-feira (10/2) pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, os especialistas buscam as lacunas dos pacotes. A maioria das críticas converge para a insuficiência das medidas, a dificuldade de precificar os ativos podres em poder dos bancos, e a repetição de fórmulas já propostas pelo governo Bush. Uma das avaliações mais originais, até o momento, é a de Thomas L.Friedman, o badalado colunista do jornal New York Times e autor do best seller "O Mundo é Plano". Para Friedman, a solução para a crise americana é abrir ao máximo o país para os imigrantes.

Em um artigo publicado nesta quarta-feira (11/2) no NYT, cujo título é "The Open-Door Bailout" (algo como O pacote das portas abertas, em uma tradução livre), Friedman afirma que o que transformou os Estados Unidos no país mais rico do mundo foi uma fórmula simples. "Não foi o protecionismo, ou os bancos públicos, ou o medo do livre comércio. Não. A fórmula foi muito simples: criar uma economia realmente aberta, realmente flexível, tolerante, cuja destruição criativa permite que o capital morto seja rapidamente reempregado em melhores idéias e companhias, plena dos mais diversos, inteligentes e enérgicos imigrantes de todas as partes do mundo".

Friedman critica a aprovação no início de fevereiro, pelo Senado, de uma medida que proíbe que instituições financeiras que recebam ajuda pública contratem estrangeiros para cargos de alta qualificação ou mesmo empregos temporários. Segundo Friedman, isso é um "mau sinal". "Em uma era na qual atrair o primeiro time intelectual de todo o mundo é a vantagem competitiva mais importante que se pode ter na economia do conhecimento, por que impomos barreiras a esse poder intelectual? Isso se chama ´Velha Europa`. Isso pode ser soletrado como E-S-T-U-P-I-D-E-Z".

O autor relata conversas que teve, nesta semana, com empresários e intelectuais da Índia. Um membro do conselho da Infosys, uma das gigantes de tecnologia do país, por exemplo, lhe disse que proibir a entrada de indianos nos Estados Unidos será "a melhor coisa para a Índia, e a pior para os americanos, porque os indianos serão forçados a inovar em seu próprio país".

Friedman critica a política protecionista americana, ao afirmar que a imposição de barreiras foi a responsável por transformar a Grande Depressão dos anos 30 em "grande". "Vivemos em uma era tecnológica, na qual cada estudo mostra que quanto mais conhecimento um trabalhador possui, mais rápido sua renda cresce. Portanto, o centro do nosso estímulo, o princípio norteador deveria ser estimular tudo que possa nos tornar mais inteligentes, e atrair o máximo de pessoas capacitadas para nossas terras. Esse é o melhor modo de criar bons empregos", escreve Friedman.

O autor cita um estudo de Vivek Wadhwa, um pesquisador sênior da Harvard Law School. A pesquisa mostra que, na última década, os imigrantes responderam pela fundação de metade das empresas do Vale do Silício - o pólo de tecnologia mais famoso dos Estados Unidos. Em 2005, as companhias criadas pelos imigrantes respondiam por 450.000 funcionários e faturaram cerca de 52 bilhões de dólares.

Segundo Friedman, criar condições para a fundação de novas empresas é tão importante quanto resolver os problemas financeiros e de desemprego criados pela crise. "Adoraria ver o pacote de estímulo incluir um fundo público de capital de risco, com o objetivo de financiar todos os start-up que não deslancham atualmente pela falta de liquidez dos meios tradicionais de crédito", escreve.

"Precisamos atacar a crise financeira com Green cards e não apenas com papel-moeda, com novas empresas e não apenas com pacotes de ajuda. Uma Detroit é suficiente", afirma Friedman.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Nobel Krugman e a crise

Com o Claro 3G dando uma trégua no domingo pude voltar a fazer o que mais gosto: ler (de preferência atualidades financeiro-econômicas na internet).



As notícias sobre a crise americana já se tornaram costumeiras e parece-me que o mercado baixou um pouco a guarda para uma recente valorização. Pra ficar num exemplo pessoal, a pequena quantia que me sobrou investida após a compra do carro aumentou quase 10% desde 01 de fevereiro.
Por isso, me chamaram a atenção os artigos de Paul Krugman no NY Times. Krugman ganhou o Nobel de Economia no ano passado, mas já era reconhecido por escrever sobre Economia de uma forma um tanto mais fácil de se entender.
Ele apresenta várias críticas (e agluns elogios) ao pacote de Obama e sua forma de conduzir a crise nesse início de governo. O ponto dele é simples e nos leva a pensar sobre o que vem por aí: espera-se uma queda de 14% no PIB americano nos próximos dois anos (um tombo e tanto que traz preocupação a todos) e isso representa aproximadamente US$2 trilhões (isso mesmo, mais ou menos dois "Brasis"). Há previsões ainda piores... Visto sob essa ótica, o pacote de US$800 bilhões é pouco, muito pouco.
Pra piorar, pelo o que se tem do final de semana, ele deve ficar menor e boa parte se dará por redução de impostos. Algo que os republicanos vem fazendo há anos e já se mostrou insuficiente para debelar a crise. Aliás, ontem durante THE DAILY SHOW: GLOBAL EDITION a piada do momento era sobre a insistência nessa história de cortar impostos.
Krugman continua traduzindo números em realidade e afirma que a redução que o senado impôs ao plano vai se traduzir em mais 600.000 americanos desempregados. É muita gente...

Se você se interessa por Economia deve estar gostando do que vê, por isso recomendo Krugman entre seus "Favoritos".
Pra fechar, um pouco abaixo, ele comenta o risco de deflação na economia americana. Aí é pra fechar a tampa... A equipe de Obama já se convenceu do risco e o presidente engrossou a voz para dizer que uma catástrofe poderia acontecer se o pacote não fosse aprovado.
Para Krugman isso deve acontecer de qualquer jeito. Fiquemos atentos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

GPS era coisa de Agrimensores e Cartógrafos



(Como o desempenho do 3G da Claro beirando a conexão discada está difícil escrever alguma coisa aqui no Blog. Pra dizer a verdade não se o que vou escrever agora será postado. Vamos ver...)

Nos últimos dias a "geoinformação" anda passeando pela mídia e minha porção Engenheiro Agrimensor vem à tona.
O vídeo aí em cima mostra as novidades da versão 5.0 do Google Earth que já está aqui na minha máquina. É incrível como algo que era tratado como mera possibilidade, quase uma abstração, nos tempo de Universidade, tenha se tornado realidade. Ali, temos Agrimensura (e Cartografia) em estado puro, a serviço de outras áreas (ciências, artes, entretenimento, etc). Toda vez que você identifica uma informação relacionada à uma posição do mapa, tenha isso como "geoinformação".

Na Revista Exame desta quinzena há uma matéria sobre GPS nos carros e mais uma vez fui lançado na Viçosa de minha memória. Em meados da década de 90, GPS era coisa de empresa estatal ou de "gente muito rica". Pra operar um aparelho daqueles havia treinamentos que duravam dias! Pois hoje não só migraram para carros, relógios e celulares, como também estão se conectando à internet e ganhando um mundo de possibilidades (por isso a reportagem na Exame), muito simples. Em pouco tempo, ao se aproximar da área onde quer ir, você será informado onde estão os estacionamentos mais próximos, quantas vagas há em cada um, quais os preços e qual a melhor forma de chegar... Seus amigos, sabendo pela tela que você escolheu determinado lugar, poderão ser informados e partirem pra lá também. Se preferir, uma reserva num restaurante próximo poderá ser efetuada. Tudo isso e muito mais na telinha do seu GPS.

Na Revista Info deste mês a matéria de capa é sobre Mapas na Web. É a concretização do que apresentei como Monografia no final do curso ("O uso da Internet na Engenharia de Agrimensura"). Servidores que disponibilizariam mapas a todo instante a quem tivesse uma boa conexão com a internet era uma das promessas que estavam para se cumprir. E, definitivamente, se cumpriu.

Não sei exatamente como a Universidade tem preparado os novo profissionais para os novos tempos. Lembrando que o Engenheiro Agrimensor ou Cartógrafo não fica de rua em rua coletando informações. Hoje o trabalho é de processamento de dados. Imagens de satélites, aéreas e terrestres combinadas com coordenadas que parecem se tornar um único elemento.

Parabéns pelo bom trabalho realizado.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Vídeo traz 10 anos do Google em 2 minutos



PLANTÃO INFO - O escritório do Google no Reino Unido produziu um vídeo que resume os 10 anos da história da empresa em 2 minutos, da criação do buscador até o surgimento do Chrome.

Em ritmo de videoclipe, a gravação está disponível no YouTube (assista abaixo). Ela integra as comemorações da primeira década de vida da companhia, completada no ano passado. Tudo começa, é claro, com o encontro de Larry Page e Sergey Brin, em 1995, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Após mostrar o surgimento da ferramenta de busca mais popular do planeta, o vídeo exibe em sequência vários dos serviços criados pelo Google ou adquiridos pela empresa ao longo desse tempo. Entre os que foram contemplados estão Adsense, Adwords, Image Search, Google News, Gmail, iGoogle, Google Earth, Analytics, Street View, YouTube e Android. O Orkut, que não fez sucesso lá fora, não é citado.
Quem quiser se aprofundar pode conferir também o site especial do aniversário de 10 anos do Google. A página exibe uma cronologia detalhada e interativa sobre as realizações da empresa, e tem versão em português. Há ainda uma galeria de 308 doodles (logotipos especiais feitos para homenagear uma personalidade ou data importante).

Rally Macaé


Macaé é um mal exemplo de cidade. Isso não é uma opinião, é um fato.
Sei de, pelo menos, uma reportagem da Revista Exame (leia aqui a matéria) e um artigo do Gilberto Dimenstein (olha que título sugestivo: "Como dar aula de incompetência", clique para ler e refletir sobre o fato de Macaé ter um orçamento per capita mais de 3 vezes maior do que o de São Paulo) que já levantaram a lebre - com certeza deve haver outros. O ponto comum é o de sempre: como a capital nacional do petróleo pode ver tanto dinheiro passar por suas contas e não melhorar substancialmente a vida das pessoas? Seria a maldição do ouro negro? (É fácil encontrar um lugar que viva do petróleo e a população sofra: Venezuela, Bolívia, Iraque, Nigéria, etc).

No primeiro mês de 2009 já tivemos pânico e ônibus queimados, ruas alagadas pelas chuvas e por fim, quando as águas vão embora, buracos por toda parte.
A novidade é que parece que teremos reação. Recentemente, aos poucos, um adesivo vem tomando conta da cidade. Diz assim: "Rally Macaé - A cidade dos buracos". Já são muitos carros circulando com o adereço pelo que sobrou das vias.
E tem mais, trata-se de um movimento. Visite o site www.rallymacae.com.br e lá você encontrará links, fotos, depoimentos e um convite para participar de uma carreata dia 07 de fevereiro. Vamos ver no que vai dar...

Esse movimento tem lá suas explicações filosóficas, políticas ou o que for, mas não se pode negar que a entrada da internet no circuito é mais uma face que me faz lembrar o mundo plano de Thomas Friedman. A internet potencializou o poder de mobilização da população. Resta saber o que se fará dele. A conferir.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Contador resolvido

Se você é um leitor que chegou há pouco pode estranhar o salto no contador de visitas. Pode ficar tranquilo que não houve manipulação (pelo menos não como no caso da violação do painel da Câmara, lembram-se?).
Na virada do ano meu contador antigo simplesmente parou de funcionar... A aquela altura estava entre 11.500 e 11.800 visitas. Consegui um novo, mas ele recomeçou do zero e não achei justo comigo mesmo e nem com os mais de 11.000 visitantes anteriores, por isso busquei um código em que pudesse colocar o valor inicial, daí foi só ir ao Google Analytics (que me dá gratuitamente todas as estatísticas sobre visitas) e ver quantas foram de 1 de Janeiro até ontem: 432.
Somei aos conservadores 11.500 acessos e deu nisso.

Diário de um pai

Vou ser pai... Aliás, já sou. A D. Onça está grávida!
A notícia já se espalhou a quase todos nossos amigos (por incrível que pareça não consegui avisar ao Amigo, lá em Vitória) e achei interessante montar uma sessão especial no Blog para dividir com meus leitores. Na verdade, baseio-me na experiência do (Ricardo) Noblat que montou o "Diário de Avô" no ano passado.

Os que me acompanham por aqui sabem que a gravidez é uma antiga meta (adiada de ano em ano desde 2007) que havia sido "pré-agendada" para 2009. Só não esperávamos que fosse tão depressa. Confesso que fomos pegos meio que de surpresa...
As suspeitas começaram no Natal, passaram pelo Reveillon e foram confirmadas no dia 10 deste mês, bem no aniversário da D. Onça. A partir daí optamos por aguardar o primeiro ultrassom (acho que agora se escreve assim) para espalhar a notícia.
O primeiro a saber, por acaso, foi meu grande amigo Adil, que numa pergunta direta deixou pouca margem para a D. Onça. Como não temos o hábito de mentir, ela foi logo dando a resposta positiva. A partir daí me conectei ao Skype para dar a notícia aos meus pais e ao celular para falar com os pais dela. Além de meus amigos de república na época de Viçosa.

Naturalmente que ficaram sem palavras... A gente também. A diferença que o medo (ou ansiedade) só nós, pais de primeira viagem, sentimos.

Como não completamos o segundo mês ainda os preparativos estão bem frios. Não batemos o martelo em relação aos nomes, por exemplo, e berço, carrinho, etc, nem se fala.
Por ora, houve uma adequação no orçamento que já previa a vinda de um novo membro, mas precisava de retoques.

O que dá pra falar em termos de sentimentos é que há um misto de perplexidade, ansiedade e alegria. O que, no meu caso, vieram em doses equilibradas. Vamos ver o que acontece nos próximos meses. Vos manterei informados.

Abaixo deixo pequenos trechos do Noblat justificando o porquê escrevera uma parte especial sobre o nascimento da neta:

Escrevo para não esquecer
Luanda, 27 de agosto de 1991

Meus filhos: conversei, hoje, longamente com um homem experiente em lidar com animais. Ele me disse que a onça é o animal mais perigoso que existe. Mais perigoso do que o leão, o leopardo, o elefante, qualquer outro.
...
(Escrevi essa carta quando era diretor de marketing político da Propeg, agência baiana de publicidade. Estava fora do jornalismo desde o final de 1989. A Propeg havia sido contratada para cuidar da campanha eleitoral do presidente José Eduardo dos Santos e do Movimento Popular pela Libertação de Angola. André tinha 12 anos, Gustavo 10 e Sofia, sete.

Escrevo para meus filhos desde antes de eles nascerem. Escrevo para não esquecer.
...
O que chamo de “Dário de Avô” é na verdade um diário sobre a passagem do tempo. Deixarei de publicá-lo depois que nascer Luana, filha de Sofia. Ela teima em não vir. Não sabe que virá de um modo ou de outro até a próxima quinta-feira. Abusa da paciência de todos os que a esperam ansiosos.)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Em meio à 'marola', o BC passa os juros na lâmina


Essa ainda é de ontem, mas faz do escopo deste Blog... Aliás, eu também fui surpreendido.

Blog do Josias de Souza na Folha - Que os juros cairiam, todos já sabiam. Ou suspeitavam. O que surpreendeu foi o tamanho do corte: um ponto percentual.

A decisão de baixar a Selic, a taxa básica de juros, de 13,75% para 12,75% ao ano dividiu os membros do Copom (Comitê de Política Monetária).

O dissenso está expresso no placar apertado. Cinco diretores do BC votaram pela poda de 1%. Quatro queriam redução mais modesta: 0,75%.

Em nota, o BC informou que a queda anunciada nesta terça (21) "inicia um processo de flexibilização da política monetária".

A despeito do corte, o Brasil ainda é o campeão mundial dos juros, à frente da Hungria.

Não parecia haver outro caminho para o Copom. Esperava-se, aliás, que a picada descendente tivesse sido aberta já no final do ano passado.

Havia, é verdade, o temor de que a desvalorização do real resultasse em mais inflação. Porém, a crise, por severa, inibiu o consumo. E os preços influenciados pela cotação do dólar caíram.

Com a marolinha a engolfar a economia brasileira, agora às voltas com a onda de demissões, seria espantoso se o BC mantivesse os juros estáticos.

Aí não haveria senão a alternativa de mandar cercar o prédio e trocar o letreiro da fachada. Algo assim: H O S P Í C I O.

Ao passar os juros na lâmina, o BC situou a Selic em patamar inferior aos 13% que ostentava em setembro do ano passado, quando a taxa fora elevada pela última vez.

Dias depois, sobreveio o agravamento da crise internacional. Que, no Brasil, mostrou os dentes pra valer em dezembro, sorvendo 654 mil empregos formais.

O Copom volta a se reunir no início de março. A julgar pelo que já admite o próprio Lula, a reunião ocorrerá nas pegadas da divulgação de indicadores amargos.

O primeiro trimestre de 2009, diz Lula, será "difícil". Bom que o presidente já se permita pronunciar o vocábulo.

O primeiro passo para resolver um problema é, como se sabe, reconhecer que ele existe.

PS.: Seguiu-se ao anúncio do Copom uma novidade alvissareira. Várias casas bancárias do país, privadas e públicas, informaram que vão reduzir os juros que cobram da clientela. A ver.

Enquanto Obama dormia... Se é que ele tem dormido

Vou aproveitar o 3G está com um desempenho razoável e vou continuar postando.
Meu ligeiro atraso tem me levado a pontuar alguns assuntos sem aprofundar, mas acho que isso ainda é válido para dividir, ao menos, o que tenho lido ultimamente.

Enquanto as atenções da turma continuam nos primeiros discursos, primeiras decisões de Obama (importantes sem dúvida), a roda continua girando.
A Microsoft anunciou a primeira demissão em massa (5.000 cabeças) de sua história e a Fiat, quem diria, depois de anunciar a "parceria" com Chrysler, agora comenta-se de uma fusão (ou algo do tipo) com a Peugeot. Por enquanto, no caso das montadoras europeias, não há confirmação oficial.

Navegando pelo Blog da Cristiane Correa, do Portal Exame, vi que ela tem uma lembrança e uma opinião interessante. É claro que o executivos da indústria automobilística não podem ficar parados, mas será que essas "parcerias" são a solução? Vejam o que a Cris diz...

Ainda Macaé

Já falo do dia 22 de janeiro. Os acontecimentos de ontem parecem ter sido fruto da fértil imaginação humana (pelo menos da forma como se falava).
Pela primeira vez pude presenciar ao vivo o que se chama "efeito manada". Misteriosamente notícias não confirmadas (simples boatos), tornavam-se verdades incontestáveis. Pior, a medida que se espalhavam, ganhavam "detalhes" interessantes.
Mais um pouco e falariam que a aviação israelense estava sobrevoando a cidade.
De resto sobrou a normalidade. Choveu muito à noite, nossa rua encheu e tivemos de contar com a solidariedade dos nossos amigo Cadu (leitor assíduo aqui do Blog) e Hayda, sua esposa. Obrigado pela força...

Hoje a rua já estava melhor e pudemos voltar pra casa. Macaé é isso aí!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Re: Macaé sitiada - Via e-mail

Consegui me conectar a uma rádio da cidade e ao que parece o que se tem é o pânico da população. Nenhum dos boatos foi confirmado, mas que as lojas estão fechadas, a polícia na rua e as pessoas sem saber o que fazer... isso tem.

Re: Macaé sitiada - Via e-mail

Dei uma geral pelo alto do prédio e há muita gente andando pela rua, provavelmente adiantando a volta pra casa. Nem todas as lojas estão fechadas, mas a grande maioria delas. Com celulares a todo vapor as informações são desencontradas. Boa parte delas boatos... Por enquanto, me parece uma situação tranquila...

Macaé sitiada - Via e-mail

Faz tempo que não escrevo por e-mail, mas parece o momento ideal. Nos últimos dias Macaé tem enfrentado dias difíceis com ônibus incendiados, inclusive. Exatamente agora todas as lojas do centro estão fechadas e parte das ruas interditadas. A expectativa é ruim, muito ruim, além da sensação de insegurança. Vamos acompanhar o desenrolar dos fatos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Obama day


O mundo (ou grande parte dele) parou para ver e ouvir Obama. Ao que parece correu tudo como se esperava, das aparições aos discursos...
Por outro lado, a crise não deu trégua e notícias negativas ( e umas poucas positivas) continuaram a brotar no cenário. Vou revisar algumas, pois o 3G da Claro me deixou impossibilitado nos últimos dias:
- O governo britânico entrou em cena (e com força), mostrando que o buraco era mais fundo do que se imaginava;
- A Toyota revisou seus números, pra baixo, é claro. Nem o ícone de eficiência escapou;
- Nosso desemprego subiu "um pouquinho" (como disse Lula) em dezembro. Mais de 650.000 vagas desapareceram;
- Por causa do item acima, Centrais Sindicais não se entendem, como era de se esperar e a pressão recai sobre o BC brasileiro;
- Falando em BC, o Relatório FOCUS divulgado na segunda mostrou que as expectativas sobre o crescimento da economia brasileira pioraram. Espera-se 2,15% de aumento no PIB;
-Também pelo fato acima, todos já sabem que o Meirelles e o restante do COPOM reduzirá a SELIC amanhã. Meu palpite? 0,75 pp.

Disse havia algo positivo, de certa forma:
- A Fiat vai assumir participação na Chrysler. Difícil entender se isso dará sobre-vida à montadora americana, provavelmente não, mas para a Fiat pode ser interessante uma vez que lhe dará alguma acesso ao mercado nos EUA. Se bem que ultimamente...
- A VCP, do grupo Votorantim, chegou ao acordo para ter maior participação na Aracruz Celulose. Sinal de que a derrapada cambial foi, pelo menos, equacionada.

Muito bem, percebam que a roda continua girando. E acabei de receber a newsletter do Portal Invertia com o seguinte título: Quatro empresas anunciam demissão de 2,8 mil só nesta terça. Que pena que a roda não está girando na direção que gostaríamos.
Bom, todo os países tem seus problemas, o Obama, agora, tem os de todos...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Antes o maior do mundo, Citi já vale menos que Itaú e Bradesco


Portal Exame - Após ter se tornado o maior conglomerado financeiro do mundo na década passada e chegar a ser avaliado pelo mercado em mais de 300 bilhões de dólares, o Citigroup não conseguiu apresentar os resultados financeiros esperados nos últimos dois anos e agora já tem um valor de mercado inferior ao dos dois maiores bancos privados brasileiros: Itaú e Bradesco. Com a forte desvalorização sofrida nos últimos dias, todas as ações do Citigroup passaram a valer 20,9 bilhões de dólares, o que, segundo a consultoria Economática, seria suficiente para ocupar apenas a sétima posição no ranking americano, atrás de JPMorgan, Wells Fargo, Bank of America, US Bancorp, Goldman Sachs e Bank of NY Mellon. Esse montante também é menor que o valor do Itaú (27,6 bilhões de dólares, ainda sem contar o valor do Unibanco porque a fusão ainda não foi concluída) e do Bradesco (25,9 bilhões), os dois mais valiosos bancos brasileiros.

Em crise, o Citi anunciou nesta sexta-feira um novo plano de reestruturação. O banco teve um prejuízo de 8,29 bilhões de dólares no quarto trimestre, completando 15 meses seguidos de perdas. Nesse período, as baixas contábeis geradas por empréstimos que provavelmente não serão pagos alcançaram 92 bilhões de dólares. Para tentar recuperar seu capital, o banco decidiu desmontar o conglomerado financeiro.

O Citi vai se dividir em duas unidades operacionais. Uma vai se concentrar nas operações bancárias e a outra irá se dedicar a corretagem, gestão de ativos e financiamento a consumidor, reunindo ativos que precisam de gestão especial. A expectativa é que parte dos ativos do conglomerado sejam vendidos - e que inclusive a operação brasileira possa ser negociada. Ao final do processo, o tamanho do Citi pode encolher em um terço.

Em novembro, o banco já havia recebido 20 bilhões de dólares em injeção de capital com os recursos do pacote de ajuda do governo americano aos bancos. O governo também concordou em garantir mais de 300 bilhões de dólares em créditos podres do Citi, mas nem isso foi capaz de tranquilizar o mercado em definitivo.

O Citi havia se tornado o maior conglomerado financeiro do mundo em 1998, com a fusão do Citicorp com o Travelers Group. No começo desta década, a parte de seguros do Travelers foi separada em uma nova empresa, atualmente chamada de Travelers Companies. Hoje a Travelers vale 23,3 bilhões de dólares, um valor também maior que o do próprio Citigroup.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Mercado Financeiro: Rindo para não chorar

Esse vídeo acabei de ver no Blog da HSM e é um boa dica para o domingo.
Se você gosta de Finanças e quer entender de uma forma humorada a crise que passamos, não pode perder...

A Semana Obama...

O nome de Obama varreu o mundo como Presidente Eleito diferente de tudo que havia sido visto antes. É claro que ser negro pode ser incluído como uma das particularidades, mas é mais que isso, a esperança é de renovação, a utilização da internet e outras tecnologias (como seu blackberry), sem falar no "já vai tarde" da era Bush II.
Agora, na semana que se iniciará amanhã teremos a consagração. Na terça-feira teremos a posse, mas já a partir de hoje, sábado, a movimentação já será intensa.
Quem não puder ir enfrentar o frio da Capital americana pode ficar tranquilo. Teremos a "tecnoposse"... Espera-se que canais de TV, blogueiros e outras formas de comunicação via internet sejam capazes de passar o mundo tamanha emoção.
Há certa preocupação com a segurança, mas o show deve continuar. Veremos...

Como exemplo do que está por vir, temos a capa da VEJA desta semana. Vejam abaixo com um pequeno trecho da reportagem:


É o começo ou o fim?
Na noite em que conquistou o direito de candidatar-se à Casa Branca, em junho passado, Barack Hussein Obama comemorou diante de eleitores entusiasmados com um discurso de otimismo. "Nesta noite, marcamos o fim de uma jornada histórica com o começo de outra – uma jornada que trará dias melhores para o país", prometeu. Agora, ao falar sobre o conteúdo do discurso que fará em sua posse, Obama disse que pretende apenas ser o mais honesto possível com o povo americano sobre "quais são as circunstâncias" do país. A redução da escala retórica, das alturas de "dias melhores" para a dureza das "circunstâncias", é um reflexo sombrio da realidade. Nesta terça-feira, ao tomar posse como o 44º presidente dos Estados Unidos, Obama herdará um país de poderes incontrastáveis. É um mamute militar, a maior economia do planeta, uma potência tecnológica e cultural. Mas, como sombra de mau agouro sobre todo o seu gigantismo, o país se encaminha para uma das maiores crises econômicas de sua história, cuja gravidade coloca em xeque a própria hegemonia americana no mundo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A marolinha continua


2009 começou quente! Aqui em Macaé cada dia traz seu recorde nos termômetros. Pra mim, uma novidade atrás do outra. A mais atual e que já está confirmada é que agora estou motorizado... Isso é assunto pra depois.

Estava assistindo ao jornal ontem a noite e vi que a polêmica em torno do desemprego (aquela em que o Ministro do Trabalho acha que vai manter as pessoas em atividade na base de ameaças - "bons" tempos aqueles da bonança) ganhará a partir de hoje um novo componente (algo que comentava por aqui desde outubro). Os índices de emprego para dezembro serão ruins, muito ruins. Se bem que nosso presidente falou mais ou menos assim: "... dezembro, na série histórica é um mês com mais desemprego. Algo como 300-400 mil. Desta vez teremos um pouquinho a mais: 800.000"(???). Entenderam? Um "pouquinho" a mais de Lula quer dizer o dobro. Só isso... Talvez tenha sido descuido, ou até excesso de otimismo (nisso ele é forte).
Esse "pouquinho" vai colocar ainda mais lenha na fogueira. As centrais sindicais já não se entendem, o Carlos Luppi nem se fala. O empresariado vendo o estoque crescer não pensa muitas vezes...
Agora deve sobrar para o Banco Central, que a meu ver, vai fazer o que todo mundo espera (baixar a taxa e juros), mas com certeza, isso não vai trazer os empregos de volta no curto prazo.

Assim, fica a questão: como se comportará o governo Lula diante de sua primeira crise de verdade (e que crise!)? Como disse Reinaldo Azevedo um dia desses, quando o mundo ia pra cima, o milagreiro da economia brasileira era ele. Agora, que o mundo segue caindo (e que mais precisamos de seus dotes para "o nunca visto neste país") parece que vão transferir a culpa para alguém.
À conferir...