Todos os casais tem suas diferenças.
Isto é muito normal e como conviver com elas é uma das chaves para a longevidade do casamento.
De todas as diferenças entre eu e a D. Onça, a que eu acho mais marcante está relacionada à saúde. Vou explicar...
Fiquei anos sem ir a médicos até que três tiros me forçaram a uma visita (e olha que cheguei lá pensando que estava bem), já para a D. Onça basta um nariz escorrendo e a carteirinha do Plano de Saúde estará na mão.
Essa diferença ficou clara na quinta-feira passada. Cá estava ela com sua dores de gestante. Nada mais que isso, quando de repente: “me leva no hospital”. Como assim? Você está com febre? “Não”. Sagramento? “Não”. Alguma coisa que ainda não tenha sentido nessa gestação? “Não”... Bom, pra encurtar a história, lá estava eu, pra lá de meia-noite sentido o prazer de estar certo mais uma vez.
Claro que eu a compreendo, afinal, difícil saber, logo de primeira, a hora certa de partir com as coisas dentro do carro (e olha que ela levou tudo na esperança).
Alarme falso consumado, tivemos um final de semana de sossego.
Hoje pela manhã ela acordou com as dores de “quase-sempre”, mas com uma diferença: havia sangramento. Desta vez fiquei na dúvida, afinal, ou a hora havia chegado ou algo não estava bem. Uma coisa era certa: não voltaríamos do hospital da mesma forma que entraríamos.
Pois bem, o sangramento era resultado de uma mexidinha do Antônio em direção ao mundo exterior. Somado a isso tínhamos 1 mísero centímetro de dilatação e contrações a cada 5 minutos. Momento ideal para a internação.
Hora vem, hora vai e ‘fomos’ passando por muitas contrações e dedo após de dedo de dilatação um passinho a mais para tê-lo em nossos braços. Demorou um pouco para que o anestesista encontrasse o equilíbrio ideal (se dosasse demais poderia inibir o TP – trabalho de parto), mas quando achou esse ponto, ficou tudo mais fácil.
O fato é que às 17:15 h desta segunda-feira, 24 de agosto, veio ao mundo o meu filho Antônio. Do alto de seus 50 cm e 3, 455 kg. Uma figurinha.
Fiquei o tempo todo ao lado dela e não vi nada demais em acompanhar um parto normal. Penso que quase 2 meses numa UTI me preparam pra isso.
O resto é a sensação inexplicável de fitar os olhos nele. Primeiro na sala de parto, em seguida nos primeiros exames e vacinas, depois no berçário e no banho.
Está tudo filmado e graças à D. Cida, enfermeira que verdadeiramente deu o banho, mas me deixou com o mérito das filmagens, correu tudo bem até que fosse vestido em seu pequeno macacão do Cruzeiro (atenção, não fui eu quem comprou, mas sabe como é, presente...).
E tudo isto na avenida Paulista! Quantas vezes me vi encantado por ela...
Agora tenho mais um grande dia à acrescentar aos mais importantes da minha vida. O meu nascimento, a mudança para Vitória, a mudança para Viçosa, minha formatura (esse sem dúvida o mais emocionante de minha vida – aqui cabem explicações que ficarão para outro post), o dia dos tiros, o dia em que saí da UTI e meu casamento.
Certamente o Antônio dará outro sentido ao que virá pra mim e pra D. Onça e não importa se ele terá o meu nome ou nome de seu avô. Se será médico, porteiro, senador (ele pode apresentar desvios de conduta com o passar do tempo), rico ou pobre. Ele pode partir antes da gente e mesmo assim algo não nos será retirado. O amor que sentimos por ele ser NOSSO FILHO.
Seja bem-vindo Antônio. E olha, a bolsa subiu hoje ao maior nível do ano, o Sarney fez de conta que nada aconteceu nos últimos dias, o iPhone 3GS chega sexta ao Brasil, etc, etc e etc...
PS. Naturalmente com o passar dos dias teremos mais fotos (clique aí...) e vídeos para apresentar, mas como tivemos um dia bem cheio começarei ais pouquinhos...