Acredito que mais do que um evento a "americana", este episódio nos remete ao sentimento de pessoas próximas a ataques terroristas (e o Brasil "potência", palco de grandiosos eventos no futuro próximo, terá de se preocupar com isso).
Um ponto que também me chamou a atenção foi o impacto dos milhares de "bits" mobilizados em favor da informação. Os que viram os telejornais, mesmo o JN na Globo, puderam acompanhar dezenas de vídeos amadores retirados no YouTube, enquanto inúmeras mensagens recheavam as redes sociais e "vazavam" para a grande mídia. Em tempo real, de graça...
Em questão de minutos (e, se me permitem, de minuto-a-minuto) o mundo inteiro foi apresentado ao fato que rivalizou com um novo tremor forte no Japão.
Entre os textos que li, gostaria de dividir o que está lá no Blog do Josias:
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Vem daí, sobretudo, o frêmito de horror que eletrifica a nação. Isso era coisa de filme, era coisa de birutas norte-americanos, era coisa de Primeiro Mundo.
As chacinas brasileiras só ocorriam nos fundões da periferia. Os mortos eram estatísticas que a rotina confinou no rodapé das páginas de jornal.
O sangue que escorre na escola pública de Realengo é diferente. Poderia manchar o piso de escolas chiques de Higienópolis, de Ipanema, do Plano Piloto.
Nas velhas chacinas, o país assistia ao genocídio em conta-gotas como uma espécie de processo de auto-regulação da criminalidade e da pobreza.
A neochacina da escola violou a regra do jogo. Os cadáveres são palpáveis. Têm nome e sobrenome. São brasileiros como nós.
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Meus sentimentos às vítimas e suas famílias.
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