quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ai, ai, ai... A nossa presidente esqueceu o que é PIB, PIBÃO, Espetáculo do crescimento...

Pois é... Eu deveria estar estudando para minha prova de Economia no próximo sábado, mas não agüento (e vocês verão que, de certa forma, assim também estou estudando.)
A primeira economista a governar nosso país me saiu com uma boa hoje. Algo como "uma grande nação não é medida pelo seu PIB, mas pelo cuidado com suas crianças e adolescentes". O que dizer disso? É claro que foi aplaudida, afinal, estava em um evento voltado para o direito da Criança e do Adolescente. Se estivesse em algum encontro com professores a frase seria outra.... Agricultores? Certamente a "medida de uma grande nação" seria outra. Atenção! Nada contra as crianças e adolescentes, mas é duro de engolir...

Primeiro porque tenho quase certeza que foi demagogia. Segundo, até um tempo atrás não se falava em outra coisa a não ser o "espetáculo do crescimento", "PIBÃO", outras expressões do gênero e como o brilhantismo do nosso governo nos aproximaria do topo no ranking das maiores economias do planeta (santa ironia, ranking este montado com base no PIB e não no "cuidado com as crianças"). Quanto orgulho pretenderam nos repassar quando o PIB do Brasil ultrapassou o da Inglaterra - nem parece que foi ontem...
Ainda tem mais. Não fui quem criou o modelo assim, mas apresentam condições de melhor cuidar, não só de suas crianças e adolescentes, como também de todo os cidadãos, os países de maior PIB (ou pelo com um PIB de tamanho adequado às necessidades de sua população).
E por ultimo (pelo menos por enquanto): sendo economista, justo ela, a presidente, deveria expressar que sim, o PIB não chega ser um
primor de indicador, mas não inventaram nada melhor. As discussões que giram por aí, e com certeza ela viu isto na Universidade, é como combinar o PIB com outros indicadores para se ter uma melhor forma de medir a riqueza dos países (é claro que "cuidado com etc, etc", especificamente, não entra nestas discussões).

Enfim, o governo vai se deparando com a realidade. Depois de anos de maré a favor, a coisa vai mudando de figura e a turma vai calibrando o discurso (a culpa pelas coisas errada virá de fora e o que vier, se vier, de bom, naturalmente, será imputado ao Mantega e cia).
Faz umas duas semanas e vimos isto na Petrobras. O mundo cor-de-petróleo criado, de forma um tanto irresponsável (na verdade eleitoreira), pelo ex-presidente Lula simplesmente não existe. Não do jeito que se falava... É só lembrar da nossa auto-suficiência. E, com um pouco de paciência, é só dar uma olhada nas declarações dadas durante a apresentação do plano de negócios da companhia.
O mais engraçado é ver os comentários deixados em Blogs petistas: "eita muié porreta". Então tá.

Bom, preciso voltar a estudar, mas antes deixo pra vocês alguns textos bem interessantes que li há pouco. Os links estarão nos títulos.

Grande nação, mas o PIB...
Aplicativo do Globo no iPad
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Ao comentar a frase da presidente Dilma, de que não se pode medir uma nação pelo PIB, o professor de Economia da UnB Roberto Piscitelli afirmou que, de fato, o indicador não é tudo, mas é o principal parâmetro da economia. Para o economista, a maior frustração com o índice divulgado ontem pelo Banco Central está no fato de que a recuperação esperada para o terceiro trimestre não está ocorrendo.
— O último a reconhecer isso, pelo menos oficialmente, é o governo.

Piscitelli destaca os recentes dados de atividade industrial e vendas no varejo, com resultados negativos ou abaixo do esperado.

— São resultados que mostram a falta de perspectiva de planejamento. Há muito tempo defendo que o incentivo ao consumo é incapaz de alavancar o crescimento. É uma política quase de toma-lá-da-cá, só que, no lugar dos políticos, estão alguns poucos setores que acabam se beneficiando. Chegou a hora de priorizar investimentos. Não acho que o governo deva reduzir despesas, mas estimular o aumento do investimento em projetos relevantes.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/grande-nacao-mas-pib-5456942#ixzz20SjSl5x1
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“Brasil vai crescer menos do que os EUA”, diz Forbes

Veja Online
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Projeções – A expectativa de que o país passe vexame entre os emergentes e fique, inclusive, atrás de uma economia desenvolvida em dificuldade, a americana, é endossada por analistas. Robert Wood, da Economist Intelligence Unit (EIU), afirmou ao site de VEJA que, por ora, suas projeções apontam para uma expansão de 2% tanto para a economia dos EUA como para a do Brasil. "Mas existe um risco cada vez maior de o crescimento do PIB brasileiro ficar ainda mais fraco que os 2% que espero para os EUA", destacou. Também consultado pela reportagem, Jim O'Neill, economista do Goldman Sachs e o criador do termo BRICS, procurou não endossar a projeção pessimista da Forbes. "Espero alta de 3,4% para o PIB do Brasil neste ano e 2,2% para a economia americana, mas vou revisar esses dados na semana que vem", declarou.

Fracasso do modelo – Outras publicações, como o prestigiado jornal britânico Financial Times, também registraram a queda do IBC-Br nesta quinta-feira. Sob o título “Economia brasileira: indo para lugar nenhum”, o jornal inglês diz ainda que o indicador “jogou combustível ao argumento de que o modelo do Brasil, baseado no desenvolvimento impulsionado pelo estado, tem levado o crescimento a um beco sem saída”.

O jornal contesta a efetividade das medidas – monetárias e econômicas – tomadas pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda para alavancar o consumo e dar suporte à indústria. “Com o México crescendo em seu espelho retrovisor, líderes brasileiros devem pensar se não poderiam aprender com os concorrentes de crescimento mais rápido e pensar em reformas, como a do mercado de trabalho”. Na quarta-feira, o Banco Central anunciou novo corte na taxa Selic, para 8% ao ano, destacando o fato de que a desaceleração da economia e a crise internacional abrem espaço para a queda dos juros.
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Engasgou
Coluna do Celso Ming
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Essas agravantes sugerem que a expansão do crédito, instrumento fortemente acionado pelo governo para empurrar o consumo nessa conjuntura de crise global, esbarra em pronunciadas limitações técnicas. O governo Dilma já se deu conta de que os nove pacotes anticíclicos, destinados a estimular as vendas, não vêm reativando a produção e podem já não ter capacidade para puxar a demanda. Por isso, entendeu que devesse atuar na ponta dos investimentos. A Petrobrás está sendo cobrada para tocar mais agressivamente seu programa de negócios e o próprio governo, informa a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, se prepara para acionar os investimentos.

O problema é que esta administração vem dando demonstrações seguidas de deficiência gerencial. Como o jornalista Rolf Kuntz mostrou na sua coluna desta quarta-feira no Estado, os desembolsos do Tesouro no primeiro semestre deste ano corresponderam a apenas 21% do total previsto no Orçamento.

O PAC continua empacado, excessivamente concentrado em programas habitacionais. E a Petrobrás, de quem se esperam investimentos de US$ 236,5 bilhões nos próximos quatro anos, reconhecidamente vem se apresentando como contumaz furadora de cronogramas. Afora isso, o governo vem sendo incapaz de dar agilidade à concessão de licenciamentos ambientais.

Esses e tantos outros indicadores mostram que sobram dúvidas sobre a eficiência de uma provável mudança de ênfase nas políticas de estímulo, do consumo para o investimento.
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Vôo curto
Coluna do Celso Ming
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Aos poucos vai sendo formado o consenso de que o bloqueio não está propriamente no desempenho da economia global, mas nos cada vez mais insuportáveis custos estruturais: imposto demais, energia cara demais, burocracia, infraestrutura deficiente, etc.
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