sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O primeiro de 2016


As férias começaram e é hora de cumprir a primeira promessa de 2016 (também feita à minha leitora mais assídua, Isabella Aguiar, que no ano passado acabou por reler vários dos textos por não haver nada de novo no ar). 

A ausência tem um lado bom por ser resultado da busca por aquele alvo móvel chamado "equilíbrio" entre os diferentes papéis. O feedback dos principais "acionistas" foi positivo, tanto em casa quanto na empresa e ainda sobrou tempo para tão desejada atividade física - terminei dezembro tendo corrido pouco mais de 60 km ao longo do mês... Nada mal para o sedentário de 2014 e o melhor de tudo, dada a racionalidade que trato as coisas, foi ter, finalmente, chegado até o final do protocolo do teste ergométrico (aquele da esteira). Algo que não acontecera nos 3 anos anteriores. 

A ausência não se deu por falta de assunto. 2015 superou todas as expectativas. As priores expectativas... Pelo menos no "agregado", como dizem os Economistas, para os brasileiros. 
O que nosso governo foi capaz de fazer é como se fosse um esforço contínuo e dedicado em errar o maior número de vezes... Não me surpreendeu... Só não pensem que se o Aécio Neves, Marina Silva ou mesmo Angela Merkel tivessem sido eleitos a coisa teria sido melhor. Em Economia as coisas tem uma dinâmica própria e não acontecem de uma hora para outra, embora a velocidade com que a crise se abateu sobre nós será motivo (se já não estiver sendo) de muitos estudos por aí... O fato é que se já não seria boa com líderes melhores, imaginem com a nossa presidente, que erra triplamente, no meu entender: milita com fervor uma ideologia ultrapassada do papel do Estado na vida das pessoas, que não se encaixa aos nossos tempos; é péssima líder, portanto, mesmo que tivesse o melhor caminho a ser seguido, dificilmente conseguiria nos guiar e até mesmo conjugar diversos grupos de interesse na sociedade para a melhor solução possível; e, por último, apesar de todas as evidências, talvez pela tal cegueira que menciono como causa raiz, é incapaz de reconhecer que errou, o que a impede de corrigir a rota. 

Pensem nas barbeiragens a seguir para ver se "a triplice coroa da incompetência" não está presente ( e olha que serei comedido): reduziu os juros na marra (por cima de uma diretoria fraca, muito fraca, do Banco Central); reduziu a conta de luz, afinal ultra-mega-super-blaster-superiora do setor de Energia; acelerou como nunca o gasto público em um momento em que, além de não haver equilíbrio com a  arrecadação, a inflação já se mostrava resistente - Santo Deus, e ela ainda é Economista! E fez tudo isto propagandeando aos quatro ventos, pronunciamentos na TV, para agora, que a coisa desandou, não saber o que falar, além de desculpas esfarrapadas e a invenção de uma crise "internacional" que praticamente só Venezuela e Argentina, para ficar nos países mais próximos, é que estão sendo impactados. Olhem em quem estão nos espelhando... Pelo menos a Argentina parece estar mudando de rumo, mas como dizia meu Professor Walter Gassenferth no Ibmec, os argentinos tem vocação para a desgraça. Tomara que resistam aos efeitos do necessário ajuste. 

Poderia falar dos erros no campo político e outros no Econômico, mas acredito que já tenham entendido meu ponto. Ela é ruim. Despreparada. E a maioria de nós só enxerga isto agora porque uma máquina partidária e de marketing foi capaz de impulsioná-la, além, há de se reconhecer, dos bons ventos em que terminamos o governo Lula. 

Os amigos que me acompanham nas Redes Sociais não se surpreenderão com este meu diagnóstico, afinal, mesmo não escrevendo diretamente a respeito, os textos que compartilho dos jornais e revistas que leio vão nesta direção. Alguns até reclamam que minha postagens falam só de política e Economia. Vai continuar assim... Não embarquei (talvez ainda) na exposição pessoal, particular, privada, nas ferramentas que temos por aí e ainda me assusto como as pessoas se expõem, por exemplo, no Instagram. 

Vamos ver o que consigo em 2016. Continuo acreditando que um Blog é uma excelente ferramenta de comunicação e aprendizado. E mesmo escrevendo pouco, alguns posts do passado continuam fazendo sucesso e trazendo pessoas com problemas e soluções semelhantes que acabam se ajudando sem a minha interferência. O ponto em comum é uma busca no Google que as direciona aqui para o Blog. 

Os primeiros dias do ano já mostraram que a divisão imaginária que criamos entre 31 de dezembro e 01 de janeiro, simplesmente, não existe. A China continua desacelerando, a economia americana vai se fortalecendo (levando consigo o dólar) e a Européia segue a trilha errática de sua grande união. 

O preço do Petróleo, questão não tão micro-econômica assim, pelo menos pra mim e para boa parte do que me são próximos, nos faz ter vontade de ter congelado no último dia de dezembro.

O Estado Islâmico e outros grupos (ou indivíduos alinhados) estão tão por aí quanto estavam no mês passado...

Em relação ao Blog vamos ver o que consigo. A ideia é manter o tal equilíbrio, reconhecendo que o que deu certo antes pode não funcionar agora. Em algum momento o trabalho falará mais alto, em outros a família, e quem sabe, o Blog. 

Apareçam de vez em quando. Nas próximas semanas terei novidades.