quinta-feira, 30 de agosto de 2007

iPhone - O desbloqueio made in Brazil


O analista de sistemas paulista George Kharrat, 26 anos, diz ser o primeiro brasileiro a desbloquear um iPhone. Ele usou o método criado pelo adolescente americano George Hotz. Mas não é tarefa para qualquer um: é preciso abrir o iPhone, entender um pouco de computação e ter bastante coragem, porque a brincadeira pode terminar com o aparelho quebrado.

E, é claro, é preciso ter um iPhone na mão. Kharrat comprou o dele em Nova York, em julho, numa viagem de férias com a família. Estava usando o aparelho como tocador de MP3 e acessando a internet por redes Wi-Fi. Mas, desde a madrugada de segunda, depois de uma cirurgia que levou quatro horas, ele já consegue usá-lo também como telefone. Os incrédulos podem conferir a demonstração no Youtube.

Uma das provas de que esse método de desbloqueio não é para qualquer um é o fato de que Kharrat já tem alguma experiência no assunto. Ele já tinha feito o mesmo com aparelhos de outras marcas. "Mas o iPhone é muito mais complexo, pois ele se comporta como um computador." Ele diz que esperava gastar duas horas no procedimento, mas levou o dobro. "Além de várias latinhas de Red Bull e muita concentração". Kharrat vinha seguindo as discussões online com interesse. "Surgiu uma espécie de tropa de elite de gente querendo furar o bloqueio. Era quase birra", diz ele, com referência ao acordo da Apple com a AT&T, que era, até alguns dias atrás, a única operadora em que o aparelho funcionava. Quando surgiu um método comprovadamente eficaz, decidiu tentar.

O passo-a-passo está descrito em português no site que Kharrat criou, o iPhonemodbrasil, ou em diversos outros, com mais detalhes, em inglês. Kharrat, que diz que não é fã da Apple -- muito pelo contrário, ele diz que "odiava" os produtos da empresa --, tem outros quatro na fila para o desbloqueio, todos de sua família. Ele não pretende fazer o serviço para outros. Mas nem todas as esperanças estão perdidas. Se você está se coçando para ter o aparelho eletrônico mais hypado de todos os tempos, pode comprar o iPhone de Kharrat. Ele está à venda no Mercado Livre, em um leilão. Na tarde de hoje, o preço estava em 3 050 reais. Fui checar o link e, para minha supresa, o produto desapareceu. Liguei para Kharrat de novo. Ele recebeu uma proposta de 4 000 reais, em dinheiro, e vai vender o iPhone.

Quem não quiser correr o risco de estragar seu precioso gadget pode esperar alguns dias pelo software que promete fazer o mesmo de forma mais, digamos, indolor. Quem ainda não tem um iPhone só precisa ter um pouco de paciência. O gênio saiu da garrafa. Agora, ele vai se espalhar pelo mundo muito antes do cronograma estabelecido pela Apple.

Publicado em 29/08/2007 - 17:15

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Esses Meninos do Google...

Uma janela para as estrelas
Sky, o novo programa do Google, permite a observação
de milhões de constelações e galáxias pela web

Carlos Rydlewski


Fabian Bimmer/AP

Samuel Widmann, do Google Earth, apresenta o Sky no planetário de Hamburgo: um telescópio virtual

A internet transformou-se no maior observatório astronômico existente no planeta. Na semana passada, o Google lançou o Sky, uma extensão do Google Earth, que permite a visualização de 100 milhões de estrelas e 200 milhões de galáxias. As ferramentas disponíveis no programa oferecem a qualquer usuário da web uma visão do universo antes só possível para astrônomos profissionais. "Agora, todos podem apreciar, explorar e descobrir a nossa frágil posição neste enorme e estranho universo", resumiu Francisco Diego, do departamento de física e astronomia da Universidade de Londres, que colaborou com o projeto. Versátil, o software está disponível em treze idiomas, incluindo o português, e não exige grande capacidade de memória ou de processamento do computador.

É possível encontrar no Sky todas as constelações do firmamento, da Cassiopéia, cujos principais astros formam um "W", até Órion. No céu do Google são identificados todos os nomes e desenhos desses grupos de corpos celestes, com as estrelas que os compõem. Para circular pelo cosmo, usa-se um joystick virtual, localizado na parte superior direita da tela. O dispositivo permite que se mergulhe no universo, como nos filmes que mostram viagens estelares feitas na velocidade da luz. As estrelas são vistas em três dimensões à medida que se aproximam e são ultrapassadas. O joystick também permite movimentos laterais do trecho observado do céu. Nesses deslocamentos, a sensação é a de estar num planetário.




Mergulho no espaço: página do Sky mostra informações e a órbita da Lua e de Netuno, sobre a imagem de grupos de constelações


Uma função do Sky foi batizada de Quintal Astronômico. Ela destaca as estrelas, as galáxias e as nebulosas que podem ser vistas a olho nu ou com o auxílio de binóculos e pequenos telescópios. Tem como objetivo ajudar as pessoas, principalmente os astrônomos amadores, a reconhecer com maior facilidade áreas do céu à noite. O programa conta com 120 fotos em alta resolução, feitas pelo telescópio Hubble, a mais potente máquina usada para produzir imagens do espaço. Foi com a utilização desse equipamento que os pesquisadores conseguiram comprovar a existência de buracos negros no núcleo das galáxias e entender o processo de nascimento e morte das estrelas. Quando se clica sobre uma dessas fotos, a tela mostra um quadro com textos informativos, retirados do banco de dados da agência espacial americana, a Nasa. O programa também está conectado diretamente à Wikipédia, a enciclopédia da web.

O Sky permite observar a trajetória desenhada no céu pelos planetas do sistema solar durante um período de dois meses. É possível, por exemplo, localizar Netuno no firmamento em um determinado dia e hora. Ou identificar a posição da Lua e mostrar em que fase estava o satélite naquele momento. Os astronautas virtuais podem ainda usar o Sky para fazer turismo pelas galáxias saltando da Via Láctea para Andrômeda ou para as Nuvens de Magalhães. Ou até realizar uma jornada passando por todo o ciclo de vida de uma estrela. Para colocar o universo dentro do computador, o Sky utilizou imagens da Nasa e de seis observatórios internacionais. Por meio de softwares específicos, as fotos foram agrupadas umas ao lado das outras até que se formasse uma imagem nítida de cada recanto conhecido do universo – uma construção semelhante à executada com as imagens de satélite da superfície da Terra no Google Earth.


Divulgação

Um passeio em 3D no guia virtual do Google Maps: por enquanto, só em cidades americanas


A estrutura do Sky, criada por engenheiros do Google especialmente interessados em astronomia, sediados em Pittsburgh, nos Estados Unidos, será aprimorada e enriquecida por meio de iniciativas da empresa do Vale do Silício e também por ação direta de usuários da internet. Isso já acontece com todos os serviços da empresa que unem geografia, imagens e internet, como o Google Earth, que acumula mais de 200 milhões de downloads, e o Google Maps. Lançada no fim de maio, uma das novidades mais impressionantes do programa de mapas é o Google Maps Street View. O recurso permite que uma pessoa observe uma rua – com as fachadas das lojas, as casas e os carros – como se estivesse circulando pela calçada. É possível realizar giros de 360 graus. O mais interessante é que, nesses movimentos, as imagens não são quebradas, mas contínuas. Para conseguir esse efeito, fotos de ruas de nove cidades americanas, onde o serviço está disponível, foram feitas por uma câmera especial, com onze objetivas e onze sensores, montada num dodecaedro, um objeto com doze faces, e instalada no teto de um carro. Com esse tipo de mapa, será possível conhecer em detalhes uma cidade sem sair da frente do computador. Isso, claro, para quem não quiser dar uma voltinha pelo universo.



NASA

Nebulosa do Caranguejo: Sky inclui 120 imagens como esta, feitas pelo Hubble

Para toda a reportagem clique aqui

Empresas onde todos se divertem


O Professor Kanitz é pra mim uma fonte de inspiração. Já estive em uma de suas palestras e leio sempre seus artigos. A indicação do site Filantropia.org aí do lado é um reflexo disso... Abaixo se gue um texte interessante sobre Gestão de Pessoas.

Por 25 anos analisei as mil maiores empresas do Brasil, e muitos professores de administração me perguntam como eu classificaria as companhias brasileiras com base nessa experiência. Daria um livro, mas, resumindo em uma única página, diria que existem cinco tipos de empresa no país.

A empresa Tipo A é aquela na qual somente o dono se diverte. Tudo gira em torno dele, tudo é feito do jeito dele. Ele é o verdadeiro Deus de sua companhia e assim consegue implantar rapidamente sua visão do negócio. É o "empresário bem-sucedido" que aparece em capa de revistas, invariavelmente sozinho. É o dono da verdade, de tudo e de todos. Não preciso dizer que os demais integrantes dessas empresas não se divertem nem um pouco, não é esse seu objetivo.

A empresa Tipo B é aquela em que somente os filhos do dono se divertem. O pai, com 95 anos, ainda a controla com mão-de-ferro, mas isso já não é tão fácil como antigamente. Ele está ficando gagá, só que não percebe e já não se diverte como antes. Nunca quis fazer a transição de uma empresa familiar para uma profissional, muito menos entregar a companhia aos filhos. A fim de manter-se no poder, comprou-lhes iates e BMWs e deu-lhes cargos no conselho para fazer absolutamente nada. Não conseguindo salário compatível em nenhum outro lugar, os filhos resignados se deleitam fazendo cruzeiros mundo afora. No fundo, são os únicos que se divertem.

A empresa Tipo C é aquela onde ninguém mais se diverte. O pai de 95 anos finalmente morreu sem deixar uma equipe de administradores profissionais que pudesse salvar a companhia. Os filhos, chamados às pressas do Caribe, começam a brigar entre si, porque também só entendem de iates e BMWs. A empresa vai de mal a pior, e os herderiros se safam vendendo-a a uma multinacional.

E aí essa elite empresarial não entende por que todos os empregados, trabalhadores e sindicalistas de empresas A, B e C são de esquerda e por que temos tantos intelectuais e professores de administração querendo acabar com tudo isso que está aí.

A empresa Tipo D é aquela na qual todo mundo se diverte. Ela não tem um único dono, é uma associação coletiva de pequenos acionistas, a maioria formada de trabalhadores da própria empresa, fundos de pensão de trabalhadores, da classe média, de médicos e engenheiros, poupando para a aposentadoria, para não depender do salário dos filhos. São as empresas de capital democrático, em que não há ações sem direito a voto, onde todos votam, como essas companhias listadas no novo mercado e transacionadas todo dia na Bovespa. Elas são a concretização do sonho de Karl Marx, nas quais trabalhadores e consumidores são acionistas diretos das empresas em que trabalham ou compram, detendo assim os meios de produção.

Normalmente, o presidente dessas empresas é um administrador profissional, funcionário demissível a qualquer momento, como todos os outros. Nada de cargo vitalício como nas dos tipos A, B e C nem indicações por apadrinhamento político como nas empresas do Tipo G, G de governo. O presidente dessas companhias é escolhido pela competência administrativa, e não pelo parentesco familiar ou por loteamento político. Como esse administrador depende da cooperação de todos para manter-se no poder, a opinião geral é ouvida, todo mundo faz parte da solução, ele acredita no trabalho de equipe. As idéias de todos são desejadas e levadas a sério. Nessas empresas, o presidente não destrata nem desrespeita os subordinados, jamais berra em público, não é o dono da verdade, caso contrário não sobreviveria. São empresas preocupadas com o social, e não somente com o bolso do acionista controlador, que nessas empresas nem existe. O D é de Divertido, Diversificado e Democrático. Essas são as melhores companhias para trabalhar no Brasil, infelizmente muito raras devido à proliferação de empresas dos tipos A, B, C e G.

Mas empresas Tipo D estão sendo criadas todo dia. Outro mundo é possível, mais democrático, mais bem administrado, mais includente, mais socialmente responsável e muito mais divertido.

(*) Stephen Kanitz é administrador por Harvard. Consultor de empresas e conferencista, realiza seminários em grandes empresas no Brasil e no exterior e já fez mais de 500 palestras nos últimos dez anos.

Fonte: www.kanitz.com.br

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Inovação: o nome do jogo


Estive no sábado no 12º andar do prédio da Fundação Getúlio Vargas no Rio. O QG do Instituto de Educação Continuada, responsável entre outras coisas, pelo FGV Management.
Foi um dia bastante produtivo e tive a oportunidade de trabalhar com minha amiga Andréa Moreira no nosso TCC Internacional (o trabalho de conclusão do módulo internacional em Irvine, CA).

Nosso tema é inovação e vou dividí-lo com vocês. Vamos nos basear no livro “Payback: A Recompensa Financeira da Inovação” que trata da seguinte questão: inovação é aquilo que traz dinheiro, o resto é bobagem!
Pode parecer chocante no início, mas no decorrer do livro os autores (que são porfessores da Universidade de Harvard) vão mostrando que realmente é isso e mesmo quando encontramos os “benefícios indiretos” (marca, know-how, etc), ainda assim o dinheiro deve ser o foco.

Já tenho um Overview do livro montado, mas nesse post vou deixar um resumo elaborado para a Revista Exame (clique aqui) e o link para a Livraria Cultura (clique aqui)...

Além deste livro utilizaremos o material que o Prof. Martin nos deu na aula de Inovação em Irvine. São conceitos básicos que estarão na primeira parte do TCCI.

Vou deixá-los com um pensamento sobre a força que a inovação pode ter no crescimento de uma empresa:
Vivemos, apesar da turbulência recente, um período em que as empresas têm crescido muito através de aquisições. São muitos os setores em que há uma concentração tão grande que em breve que estiver em segundo lugar (em tamanho) vai ter de comprar quem está em terceiro ou quarto... Nesse ponto a inovação é muito interessante, pois quando olharmos em volta e não tiver ninguém para comprar (a um preço razoável) seremos capazes de continuar crescendo organicamente. É claro que isso também tem um custo, mas isso eu deixo para um próximo post...

Sucesso pra nós,

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Sobre os videos

Muito bem, agora tenho vídeo em meu Blog. Mais um recurso!
Faz algum tempo que vinha pensando nisso, mas sempre postergava, afinal continuo sem acesso a banda larga em casa. Entretanto, (como é de se esperar de um padrinho), recebi como incentivo um e-mail do Professor Cristovão com três passos fáceis para publicar vídeos que já estão no YouTube. Bingo!

O primeiro vídeo publicado não poderia ser outro. Eu em Wall Street!
A qualidade foi intencionalmente reduzida pra ver como ficaria pra enviar por e-mail para os amigos e a D. Onça, minha esposa, ainda está pegando o jeito para filmagens.
O que vale é que a partir de agora, de tempos em tempos, vocês terão a oportunidade de compartilhar comigo também nesse novo formato.
Sucesso pra nós.

Elerson em Wall Street! (Primeiro Vídeo no Blog!)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

As aulas voltaram...

Meus caros leitores, fico feliz em ver que nos últimos dias o blog tenha tido um número razoável de acessos e lamento estar sem escrever desde domingo.
Sinto-me na obrigação de me justificar. É que as aulas voltaram e nestes dias de saio de casa às 7:30 h e volto perto da meia-noite...
Pra dizer que não deixei nenhuma dica vou repetir uma que talvez os novos não tenham visto. Visitem o site http://www.ted.com/. Lá vocês encontrarão palestras com os fundadores do Google, da Amazon, com o Al Gore e outras personalidades. Inclusive o Bill Clinton. Vale a pena.
Sucesso pra nós.

domingo, 12 de agosto de 2007

Data a ser lembrada

Hoje é Dia dos Pais. Oportunidade para ligar para o velho e dizermos o quanto o amamos e expressar sua importância para nossas vidas. Aos que são pais deixo minhas felicitações.
Vou aproveitar a data para fazer uma homenagem ao meu pai e de quebra pagar uma promessa com os leitores mais antigos do Blog.
Logo no início eu disse que publicaria um texto que escrevi ainda no hospital em 2003, mas até hoje não o havia feito.
Como ontem completou 4 anos que voltei a trabalhar depois do período de recuperação penso ser uma boa idéia relembrar um pouco.

Assim, convido vocês a voltarem a julho de 2003, um pouco depois de eu ter saído da UTI. Escrevi o texto após receber alta para ser publica no site da minha turma de formatura (500 Anos no Grau)... Mais uma informação: os tiros foram no dia 08 de maio.

PORQUE?

Imagine-se com um amigo ao celular. Você está andando
enquanto fala...
Alguém chega pelas costas (bem encostado) e te pede o
“bagulho”, o “celular”. O que você faria?
Eu fiz muito pouco, quase nada. Pedi pro Humberto
(AGRO 95) esperar... “Pega, Pega”, dizia o que estava
atrás para outro que me acompanhava pelo lado.
Mostrou-me a arma, mas não acreditei que atiraria
diante de tanta gente pela rua...
O primeiro tiro veio logo, com o cano bem colado nas
minhas costas. Corri o quanto pude enquanto ouvia
outros disparos. Deu tempo de ver alguém sendo
atingido no meio da rua... O comércio que ainda estava
aberto fechava rapidamente. Fui chamado a entrar em um
bar que também baixava as portas. O sangue já era
muito. O Humberto corria pela rua à minha procura.
Pela primeira vez pensei que fosse morrer...
O socorro veio logo e em poucos minutos estava numa
maca de hospital (também era a primeira vez).
Consciente, passei diversas informações aos médicos,
aliás, tinha uma que parecia uma deusa. Perguntava-me
porque alguém numa situação como a minha ainda dava
importância à beleza de uma mulher. Tirei uma série de
raios-x e tudo parecia tranqüilo. Cheguei a cogitar a
hipótese de ter sido atingido por balas de borracha...
Não sei em que momento, mas acabei dormindo...

Acordei amarrado numa cama, sabia que estava num
hospital. A primeira pessoa que vi me trouxe algumas
informações. Meus pais viriam me ver... Que bom...
O tempo foi passando e fui descobrindo o que havia
acontecido “enquanto eu dormia”. Foram 15 (ou 16) dias
de sono. Nesse período cheguei à beira da morte umas 4
vezes. Na verdade, segundo relatos médicos, o normal é
que eu tivesse morrido na hora dos disparos.
As balas fizeram um grande estrago aqui dentro e foi
necessária uma seqüência de cirurgias. Estive com 10%
de sobrevivência. Um dos médicos sugeriu ao Humberto
que fosse trazido um pastor ou um padre pra que me
“preparasse” a partida. Outro falaria dias depois em
milagre.
Já acordado, acompanhei de perto o sofrimento daqueles
que me visitavam, embora a ordem fosse não se alterar
enquanto estavam comigo, minha mãe chorava em alguns
momentos.

Fui avisado pelo médico que dormiria mais um pouco.
Seria submetido a mais uma cirurgia. Algo havia saído
errado. Minha mãe fora surpreendida pela notícia e
pensara que desta vez eu não resistiria (imaginem
só!).

Acordei de novo (quatro dias depois) e as coisas
pareciam ir bem. “Bem” numa UTI não quer dizer
exatamente a mesma coisa aqui fora. Eram vários fios,
várias febres, muito remédio, muita injeção...
O tempo foi passando e fui melhorando. Tinha muitos
desafios pela frente, precisava voltar a falar,
mastigar e andar. Aprender tudo isto depois de 46 dias
naquela UTI não foi fácil.
Transferido para o quarto a recuperação foi acelerada
e o dia da alta não demorou...

Passei pelo pior dormindo e montei a história
recolhendo detalhes daqueles que estiveram presentes
nos dias de sofrimento.
É difícil analisar isso tudo. O que dizer da minha
‘sobrevida’? De fato são mais perguntas do que
afirmações... Porque? Pra que? A impressão que tenho é
que a vida pode ser levada a qualquer momento e nós
nem consideramos isso. Pouco tempo atrás perdemos
nossa amiga Érika (DIR 95) e ainda guardo os últimos
e-mails que trocamos dois dias antes do acidente.
Porque tinha que ser assim? Dizer que a vida é assim
mesmo ou outra resposta do tipo, por mais verdade que
seja, deixa um imenso vazio. O sofrimento de meus pais
me fez pensar nos pais de nossa amiga (Edna e Luís) e
me trouxe muita alegria receber mensagens deles pelo
nosso site. Acho que eles também fizeram tais
perguntas...

O jeito é deixar a bola rolar.

As visitas, as mensagens (quem diria que nosso site
serviria pra isso!), os recados enviados por amigos me
fizeram muito bem.
Obrigado a todos que estiveram comigo. Alguns eu nem
me lembro (resultado dos efeitos da sedação). Àqueles
que divulgaram meu problema e formaram correntes de
oração (os moradores do prédio do Humberto fizeram uma
missa), promessas, etc... Pessoas que nem me conhecem
e mesmo assim me dedicaram parte de suas preocupações.
Deus, muito obrigado.




Teco
Elerson Nilseler Nogueira
Eng. Agrimensor

Macaé entre as melhores cidades para fazer carreira


Como disse no post passado, estou atrasado na leitura da Você S.A., por isso, só agora escrevo sobre a matéria das 100 melhores cidades para se trabalhar. Os dois primeiros lugares são óbvios: São Paulo e Rio de Janeiro.
Agora, adivinhem quem ficou em terceiro? Isto mesmo Macaé!
Morando aqui fica difícil imaginar que a cidade superou capitais como BH, Porto Alegre e Curitiba... O que os leitores devem pensar? A cidade deve ser show de bola! Coitados.

O que explica Macaé nessa honrosa posição é o primeiro lugar no quesito arrecadação de ISS e o PIB da cidade. Fora isso, pobre Macaé.
De qualquer forma fica o registro. Engenheiros e técnicos realmente têm oportunidades de sobre, mas para executivos o buraco é um pouco mais embaixo...

Como é feita a pesquisa
A maioria das cidades da lista da FGV-RJ faz parte do grupo dos 5% maiores municípios do país e tem pelo menos 170 000 habitantes e 210 milhões de reais de depósitos à vista.Algumas cidades não satisfazem esse critério,mas foram incorporadas em função da oferta de desenvolvimento profissional. Em 2007,foram analisadas 139 cidades,de acordo com três indicadores. São eles:

1.Educação: Mede o número de pessoas matriculadas e a oferta de cursos de graduação, mestrado e doutorado. Tem o maior peso (3) na nota final.
Primeiro lugar neste indicador: São Paulo

2.Vigor econômico: Usa o ISS e o PIB municipal, ambos per capita, e tem peso 2 na nota final.
Primeiro lugar neste indicador: Macaé


3.Saúde: Mede o número de leitos e de profissionais de saúde, ambos para cada 1 000 habitantes. Tem peso 1.
Primeiro lugar neste indicador: Juiz de Fora

Leia a matéria aqui.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Avance na Carreira!


Já estamos com um novo número da Revista Você S.A. e por causa das férias nem comecei ler a anterior! De qualquer forma bola pra frente.
Abaixo uns toques para “Avançar na Carreira“ (veja mais aqui):




IMPRIMA E GUARDE OS 9 PASSOS PARA VOCÊ AVANÇAR NA CARREIRA

1. Faça mais. Mostre interesse por outras áreas, vá além do que o cargo pede ou do que a sua formação permite.

2. Faça-se notar. Para garantir visibilidade, ofereça-se para ouvir, resolver e ajudar.

3. Comunique-se. Aprenda a falar e a ouvir novos públicos, como profissionais de outros países e agentes do governo.

4. Domine finanças.As empresas precisam de alguém que pense nas perdas e ganhos financeiros e traduza os jargões da área.

5. Pergunte.Tente prever o inédito e não tenha medo de perguntar o básico.

6. Aprenda a delegar. E controle sua agenda. Isso vai deixar você livre para realizar o que é importante e entregar resultados.

7. Forme sucessores. Sem alguém para ficar no seu lugar, a sua promoção emperra.

8. Olhe para o futuro. Acompanhe as tendências de mercado e da empresa. Guie sua carreira por elas.

9. Tenha um mentor. Além de ajudar a trilhar sua carreira, ele servirá de referência externa para seu trabalho.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Um pouco de Freakonomics!


O livro Freakonomics (veja aqui) fez, e ainda faz, relativo sucesso nas livrarias. Ele trata de utilizar dados e economia para enxergamos as coisas de uma forma diferente. É dele a controversa tese de que o que diminuiu a criminalidade nos EUA foi a liberalização do aborto e não as políticas anti-criminalidade (que, claro, tiveram sua contribuição). Isso tudo baseado em números.

Me lembrei desse livro ao ler o artigo do Roberto Pompeu de Toledo na Veja desta semana. Há alguns pontos interessantes como no parágrafo "Como o país é monotemático, ninguém está hoje falando de segurança pública. Fala-se de crise da aviação, assim como antes se falou de Renan Calheiros e antes ainda da empreiteira Gautama. Será preciso aguardar outro episódio como o do menino João Hélio para o assunto voltar à tona. Então esqueceremos os aviões, os aeroportos e o grooving e aos poucos tudo voltará como dantes em Congonhas, na Anac e nas salas de controle de vôo.". Abaixo, outros que destaco:

"Recentemente, ele preparou um estudo sobre o Rio de Janeiro. Para citar apenas um dos dados que ilustravam esse trabalho, a cidade do Rio concentra 37% da população do estado, 42% dos homicídios, 64% dos furtos e roubos de veículos e 64% dos assaltos a pedestres – mas são mantidos em seus limites apenas 6 000 dos 38 000 PMs fluminenses, ou 16% do total. Mais fascinante, só outra descoberta recente de José Vicente – a de que o governo do Ceará vai comprar 300 luxuosas Toyota Hilux para sua polícia. "Não conheço polícia americana que tenha um carro desses", ele comenta. O dinheiro a ser gasto, segundo José Vicente, daria para comprar 1 000 viaturas comuns."

Leia o artigo todo aqui.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Usina Santa Elisa é a Empresa do Ano


EXAME A Usina Santa Elisa foi escolhida pela revista EXAME a Empresa do Ano na 34ª Edição de MELHORES E MAIORES. O prêmio foi entregue na noite desta terça-feira ao presidente do conselho de administração da Santa Elisa, André Biagi, durante cerimônia realizada no Teatro Alfa, em São Paulo.

Com um faturamento de 361 milhões de dólares e um lucro líquido ajustado de 24 milhões de dólares no ano passado, a empresa conseguiu aproveitar o boom mundial do etanol para tornar-se uma potência da energia limpa.

Controlada pela família Biagi, a usina venceu uma disputa com a Cosan e a Bunge e, em fevereiro, conseguiu concretizar sua fusão com a usina Vale do Rosário. A união das duas empresas com mais quatro usinas controladas criou a Santelisa Vale, o segundo maior grupo sucroalcooleiro do Brasil, menor apenas que a Cosan. Entre seus investidores estão a Global Foods, o fundo de investimento Carlyle e o banco Goldman Sachs.

Na edição 2007 de MELHORES E MAIORES, foram premiadas um total de 18 empresas: Clique aqui para ver.

Todas as empresas premiadas foram escolhidas por EXAME a partir de um conjunto de critérios definidos em conjunto com a Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, da Universidade de São Paulo). Dados de mais de 3.500 empresas foram avaliados. Todas as informações foram obtidas em demonstrações contábeis das empresas publicadas no Diário Oficial dos estados até o dia 15 de maio ou enviadas para a análise de MELHORES E MAIORES. Empresas de porte significativo que preferem não divulgar resultados tiveram seu faturamento estimado por analistas.

A cerimônia de premiação das melhores empresas do país, que faz das comemoração dos 40 anos de EXAME, contou com a presença dos mais importantes empresários brasileiros, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e também do presidente da Editora Abril, Roberto Civita.

domingo, 5 de agosto de 2007

Opiniões...


Passado o inesquecível período de férias e de viagens é hora de voltar ao trabalho. Ao longo das três semanas fora o número de leitores subiu muito. Pra ser mais exato, nestas 3 semanas foram quase tantos acessos quanto os últimos 3 meses anteriores. Sejam todos bem-vindos!
Recomendo aos que estão chegando a leitura do post colocado como sugestão de link aí do lado "Meus interesses e suas origens" para situá-los sobre o que encontrarão neste Blog.

Pra começar separei algumas frases de um texto do J.R. Guzzo, articulísta da Revista Exame, com opiniões fortes (como sempre) sobre o nosso país e nossos governantes. Concordando ou não vale a pena lê-las:

Algumas semanas atrás, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, fez, por sua livre e espontânea vontade, a seguinte sugestão aos passageiros atormentados pela calamidade nos aeroportos: "Relaxem e gozem". Marta não foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem ouviu qualquer reprovação pública do chefe.

Nada mais natural, pois essa é, exatamente, a atitude real do governo diante dos dez meses de desastre contínuo que aflige os aeroportos brasileiros. A última prova disso, a mais brutal de todas, está na imagem do pensador-chefe do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, festejando com gestos obscenos a notícia de que o avião da TAM que caiu na semana passada ao aterrissar no aeroporto de Congonhas tinha problemas mecânicos. Danem-se os 200 mortos: a única coisa que interessa ao governo é a "vitória sobre a mídia".

A verdade é que o acidente de Congonhas veio mostrar de forma particularmente cruel o preço que os brasileiros estão pagando pela postura de um governo que abandonou ao caos a infra-estrutura do país. Fez isso, desde o início, ao entregar a pessoas desprovidas de qualquer capacidade técnica cargos públicos que obviamente exigem competência específica -- como é o caso, entre dezenas de outros, da Infraero. Desde o começo, também, deixou claro que a criação e a manutenção de equipamentos vitais para o funcionamento do país não poderiam contar com recursos do governo nem ser transferidos para a iniciativa privada. O governo sustenta mais de 22 000 pessoas em cargos de confiança, criou um número recorde de ministérios e aumenta sem parar a despesa pública, mas nada disso gerou horas a mais de trabalho efetivo na administração, nem qualquer obra que realmente preste.

O presidente da República, diversas vezes, prometeu soluções "definitivas"; chegou mesmo a exigir dos responsáveis, "em 24 horas", medidas para resolver a crise. Foi solenemente ignorado. Em dez meses de descalabro, o governo conseguiu o prodígio de não demitir um único funcionário ligado ao problema. Há dez meses, também, Lula buscava uma "saída honrosa" para o afastamento do ministro da Defesa, a autoridade máxima na área; até a tragédia de Congonhas não tinha achado. O governo, que não teve o menor problema para aumentar em quase 5 000 o número de empregos públicos entregues a amigos, não consegue encontrar dinheiro para contratar os 800 controladores de vôo que estão faltando nas torres.

Leia aqui uma versão mais completa do artigo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

AGRADECIMENTOS

Já estou em casa em Macaé-RJ, são 22:55 do domingo (29/7). Chegamos agora pouco de quase 30 horas de viagens, mas não posso ir pra cama sem antes levantar agradecimentos as pessoas que fizeram parte deste grande projeto em minha vida.
Sonhos foram realizados, conhecimentos adquiridos, novas amizades conquistadas e para mim, mais uma prova de que é possível ir longe (literalmente) quando acreditamos.
Esse tipo de lista que vou fazer é perigoso, pois minha memória pode me pregar uma peça e eu esquecer alguém, entretanto o medo de falhar não vai me fazer parar e peço desculpas por ter deixado algum nome para trás:
- Ao Deus em quem acredito e confio por ter me dado condições de empreender esse projeto e me acompanhado em cada momento da viagem;
- À minha esposa Erida (carinhosamente D. Onça) por ter embarcado nessa comigo. Não éramos nem casados ainda (estamos com 1 anos e 5 meses) e eu já falava em guardar dinheiro para realizar um curso. Ela me apoiou e abriu mão de alguns confortos, como um carro na garagem e móveis novos, por exemplo, para viajarmos;
- Aos meus amigos mais próximos de estudos no MBA em Macaé (Adil, Marco Túlio, Suraia, Cláudio, Nilo e Gisiane) pelas palavras de encorajamento nos momentos difíceis que antecederam a minha partida;
- Ao Gerson e Alessandra de São Paulo que nos receberam na cidade antes de sairmos para os EUA. A eles fiquei devendo umas encomendas;
- Aos meus amigos de quarto Idarilho, Paulo e Ricardo pelos momentos que tivemos com bons bate-papos e troca de experiências (alem das caronas e dicas de compras);
- À minha Tia Fia e padrinho Careca que nos receberam em Milford, MA pelo teto, comida brasileira e por ter aberto mão de parte de suas atividades profissionais para matarmos a saudade;
- Ao casal Marcelo e Fofinha (citados no post abaixo) por seu carinho e atenção conosco. Pelo teto, transportes, dicas, remédios e uma excelente companhia;
- Ao Bruno, meu amigo desde a Escola Técnica, irmão da Fofinha, filho do sr. Edgar (aquele que originou o “pois não Elerson“ – clique aqui para ler sobre isso), por ter me encaminhado ao contato com Chicago;
- Gaúcho, K e Giovanna, e tabmém meu amigo João Francisco de Brasília por nos acompanharem frequentemente via Blog;
- Meu amigo Herbert que cuidou de nossa casa enquanto ficamos fora.

É uma pena que tenha acabado, mas não fico triste, pois sei que valeu a pena. Cada dia de sacrifício seria repetido só de lembrar os lugares por onde andamos e as pessoas que conhecemos.

Último Café da Manhã

Último dia em CHICAGO, último dia nos EUA e fui contemplado com um café da manhã típico.

Boas Companhias...

Depois de visitar a fonte, o museu, o “feijão“, a loja de Apple e a Victoria’s Secret recebemos a companhia de nossos anfitriões Marcelo e Ana Carolina (Fofinha) com mais um amigo, o Roberto, funcionário da Accenture.



Fomo a um restaurante cubano muito bom. A dica só poderia ter vindo do casal local.
O atendimento da casa foi posto à prova quando descobrimos que havíamos pedido 4 pratos errados. A gerente foi chamada e imediatamente solicitou que se fizesse os pratos corretos, não cobrou os errados e ainda nos deixou levar pra casa... Isso é saber se relacionar com o cliente...

Segundo dia em CHICAGO (assim, com letras maiúsculas)

No segundo dia de CHICAGO exploramos a cidade por baixo ao contrário do dia anterior em que expiamos de cima.
O tempo foi curto, mas uma coisa dá pra se perceber a cada passo: a cidade é uma obra de arte e de arquitetura a céu aberto.
Foram tantos pontos altos que fica difícil destacar um. Vejam por vocês (reduzi a qualidade das fotos para não pesar o blog, mas no link de Fotos nos EUA vocês poderão encontrá-las com melhor resolução):







Sumí?!? Pois é voltei ao Brasil

Meus caros, me desculpe-me... Cheguei ao Brasil no domingo e desde então venho tentando me conectar para postar as últimas emoções da viagem, mas um dos pontos em que estamos bem atrás dos EUA é o acesso à internet, principalmente sem-fio... Que saudade.
Espero poder subir com as últimas fotos no Picasa e também voltar as atividades normais como blogueiro. Conto com vocês!