terça-feira, 30 de junho de 2009

Ideias Falidas levadas pela crise...

A crise está anda meio esquecida pelos meios de comunicação. Todo mundo já acostumou, a morte do Michael Jackson dá muito mais ibope, porém há um público que continua avaliando o que anda acontecendo. Naturalmente que os Economistas fazem isso por força da profissão, mas há empresários, empreendedores e muitos outro que querem entender o que aconteceu, porque aconteceu e o que deve acontecer...

O Cláudio Gradilone, do Blog do Investidor, é uma dica constante por aqui e se colocou a discutir as "Ideias falidas". Pensamentos que moldaram o mundo das Finanças nos últimos anos e que sairão de cena ou pelo menos serão conduzidas a um papel secundário. São elas:

1 - Metas de Inflação que só olham os preços

2 - Value at Risk (V@R)

3 - As agências de classificação de risco

Deixo aqui embaixo a introdução que ele preparou e os detalhes de cada ideia falida podem ser conferidos no Blog do Investidor (clique aqui)...

As ideias falidas - introdução
Por Cláudio Gradilone | 08/06/2009 - 18:39

Há pouco mais de um ano, os investidores só têm tido notícias ruins. Desde o dia 21 de maio de 2008, data em que o Índice Bovespa atingiu seu máximo histórico, as principais notícas financeiras são de crise. O que começou como um problema localizado em um segmento muito específico do mercado de crédito imobiliário americano contaminou todos os países, todos os bancos, todos os fundos, com pouquíssimas exceções.

Nenhum investidor relevante em um mercado que tenha um mínimo de importância deixou de sentir o impacto da crise. Milhares de empregos desapareceram, trilhões de dólares simplesmente evaporaram, e o cenário é, no geral, ruim. Boa parte do noticiário dedicou-se a analisar falências inesperadas. Ícones do capitalismo como Citibank e General Motors beijaram a lona. Bancos considerados inatacáveis, como o britânico Lloyds, tiveram de ser socorridos pelo Estado. Porém, essas foram as falências visíveis. Houve outras.

A falência invisível foi a das ideias. Conceitos sólidos que vinham norteando o pensamento financeiro das duas últimas décadas mostraram-se incapazes de lidar com a turbulência financeira. Passados os momentos mais dramáticos, o mercado dedica-se a repensar o que ainda está por vir. O consenso dos especialistas é que agora vai começar um tempo de profunda reflexão. Parodiando Karl Marx, princípios consagrados evaporaram-se no ar, e deixaram em seu lugar um vácuo de dúvidas e incertezas.

Este é o primeiro de uma série de posts que vai procurar analisar esse assunto. Não há, aqui, a pretensão de propor substitutos para o que deixou de funcionar, apenas a constatação de que muita coisa vai mudar.

Posts muito teóricos? Pode ser, mas são essas teorias que nortearam o pensamento financeiro dos últimos anos. Diluídos, os seus conceitos permearam os discursos de venda, a publicidade e boa parte das análises jornalísticas. Por isso vale a pena refletir sobre eles. Vamos começar com a autorregulação.


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