segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O negócio Uniban

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Faz tempo que queria escrever sobre o que aconteceu na Uniban. A ideia não é tirar uma casquinha (ou ao menos isso), mas comentar o que penso sobre o impacto no negócio Uniban.

O que aconteceu, na verdade, poderia ter se passado em qualquer empresa. Um evento negativo, propagado na velocidade na internet, com repercussão altíssima e, finalmente, uma inépcia inacreditável por parte da liderança em lidar com o fato. (Fizessem como o Lula que numa situação como essas poderia fingir que nada aconteceu, que todo mundo faz, intriga das "elite" ou impressa... Poderia pedir uma rigorosa investigação, mas no final o assunto acabaria esquecido.)

Mas não, não houve pulso para colocar limites dentro do "campus", expulsaram a moça e suspenderam uns cinco ou seis, voltaram atrás na expulsão, discursos acalorados, comunicados... Por fim, várias faculdades estão em campanha para atrair estudantes para 2010 e a Uniban as voltas com o epsódio. Ficou tão ruim que tanto faz se nos simpatizamos com a moça ou não que a faculdade é quem leva a culpa.

Querem ver um exemplo, que aliás foi o último empurrão para que escrevesse este post, a Revista Veja desta semana fez uma matéria sobre o assunto. Nela, além do que todo mundo já viu e reviu, a revista afirma que trata-se de uma faculdade particular para a classe C (o que naturalmente carrega um "tchan" negativista), a educação não é das melhores, dos 35 cursos da Uniban avaliados pelo governo federal, 16 (isto mesmo, quase a metade) foram considerados insatisfatórios, 13 atingiram o patamar mínimo e 6 nem receberam notas. É mole?! (Estudei numa Universidade considerada na época e até hoje a melhor Federal do país e não imagino isso acontecendo por lá.)

Imaginem quando é que a Veja (e os outros veículos que carregaram a imagem da faculdade para o buraco) se daria o trabalho de publicar algo sobre a Uniban? Agora que tem razão para isso não há nada bom para ser falado. Nada mesmo...

As reportagens foram além e explicaram que o ABC paulista, região onde fica a faculdade trás uma espécie de marca do passado. O conservadorismo.

Bom, que fique o exemplo. Nenhuma empresa está imune e deve ao menos contar com profissionais preparados para lidar com crises, o que no caso da Uniban já foi desandando logo pelo reitor, ou melhor, pelo dono. Reitor pra mim é outra coisa.

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