quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Augusto Nunes vai acabar se chateando por me aproveitar dos textos dele. Mas que fique bem claro que sempre cito a fonte e recomendo o link para sua coluna.
É difícil não querer compartilhar algo do tipo. Quase uma obrigação. Vejam que não há crítica "sem base" (como se diria em minha terra natal, Ipatinga). Estamos falando de lógica.


O governo das quatro creches por dia

Os eleitores seriam duplamente beneficiados se os jornalistas parassem de reescrever as declarações de Dilma Rousseff e usassem esse tempo para examinar com mais atenção o que a candidata promete. Caso a imprensa lhes faça tal gentileza, milhões de brasileiros saberão que a sucessora que Lula inventou, além de expressar-se de modo ininteligível, não sabe o que diz. Se soubesse, não estaria prometendo construir 6 mil creches em quatro anos.
Uma creche para 100 crianças tem em média 600 metros quadrados, demora seis meses para ficar pronta e custa, no mínimo, R$ 300 mil. Tudo bem, Dilma talvez esteja convencida de que governar é construir creches. Faz de conta que decidiu concentrar na semeadura de unidades do gênero todas as verbas destinadas a investimentos públicos. Ainda assim, restariam problemas de bom tamanho.
Para cumprir a promessa, Dilma teria de inaugurar 1.500 creches por ano. São 135 por mês. Mais de quatro por dia. Qual será o segredo do milagre? Os repórteres que acompanham a candidata precisam convidá-la com urgência a desvendar o enigma. Não vale dizer que, do mesmo modo que rubricou o que mandaram rubricar, só está repetindo um número fixado por outros. Dilma jura que é economista. Deve saber que dois mais dois não somam cinco nem no Brasil do faz-de-conta que Lula criou.

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