quinta-feira, 14 de julho de 2011

E assim foi Londres

Texto criado durante o vôo de volta usando o Pages para iPad
Dia 1 - O mais importante em primeiro lugar








Chegamos em Londres após quase 24 horas de viagem. Não estou exagerando... Eu mesmo saí de Macaé às 5 da manhã de sábado para pegar a aula de Estratégia no Ibmec. Considerando que a chegada foi às 14 h de domingo (no horário de Brasília) dá para imaginar o cansaço... Mas sabem como é, Londres, verão, noites que começam lá pelas 21:30 h... Não resistimos e partimos para as primeiras incursões. Onde ir? Resposta obvia: Westminster.
Sair do metrô e dar de cara com o Big Bang chega ser emocionante (registrei isso quando o visitei pela 1a vez - http://www.youtube.com/watch?v=qbvkyJEvltU&feature=youtube_gdata_player)... Quando percebemos que também dá pra ver a London Eye aí o negócio fica mais interessante. Ali tem-se aquela sensação "agora tenho certeza de que estou em Londres".
Para jantar fechamos com um razoável restaurante italiano que fica na rua atrás da London Eye (na frente do Premier Inn Hotel). A viagem poderia terminar ali e já teríamos história para contar.

Dias 2-3 - O mais importante ainda: a viagem foi a negócio









O 2o dia começou com um prolongamento do primeiro. Aproveitamos para circular pelo "centro comercial" da cidade - os que conhecem sabem que estou me referindo à região da Regent, Oxford e adjacências.
Não poderia faltar aquela passadinha na Apple Store da Regent. Chegamos assim que a loja abriu e pudemos nos conectar for free em uma internet com 30 mega de velocidade (meu recorde pessoal).
Vendo a loja funcionar é fácil saber porque o modelo é bem sucedido. Somos convidados a experimentar, experimentar... Mac Genius à nossa disposição para sanar dúvidas de equipamentos nossos ou da loja... Dificilmente dá errado.
Essa volta foi apenas de reconhecimento porque o dia estava reservado para o início do seminário para o qual fomos convocados.
No evento pudemos ter uma melhor visão sobre os rumos companhia, as perspectivas para o futuro, o que se espera dos papéis ali representados, etc.
Algo que me deixou bastante satisfeito foi perceber como valeu a pena o que estudei até aqui. Naturalmente preciso melhorar muito, mas o que eu assimilei dos 2,5 dias de evento só foi possível graças às aulas de inglês que comecei lá na Viçosa de 1994 e que batalho até hoje para aprimorar - passei no vestibular sem falar nada e hoje consigo participar de uma rodada de discussões - por sorte me encontrei com minha gradissíssima amiga Valéria Zerbini no Facebook e aproveitei para agradecê-la pelo inglês que tenho, agradecimento este que estendo aos demais professores que tive. Além do idioma, me ajudaram muito os conhecimentos em gestão que me vieram do MBA e das leituras que faço (Exame, Você SA, etc). Falar sobre economia, finanças, estratégias, mercado brasileiro (aliás, menção honrosa ao nosso país pelas perspectivas no Oil & Gas) e ver que consigo não só entender, mas também contribuir é muito gratificante.
Assim, certamente volto da viagem mais preparado para enfrentar os desafios da minha função.

Dia 4 em diante - Andei, andei, andei...









O seminário terminou e só fizemos um ping pong no Paddington Court Rooms (hotel em que resolvemos ficar na região da Bayswater) e partimos para o inusitado: um passeio de bike, afinal, estava lá tão fácil, tão à disposicao que foi inevitável.
Contamos com a preciosa ajuda de uma jovem indiana e lá estávamos pedalando pelas ruas. Algo que no Brasil deveria ser seguido (mas reconheço que estamos longe disso).
Pedalar pelas ruas de Londres requer uma adaptação "positiva". Pelo menos pra mim não foi fácil assimilar a idéia de que estava em um lugar em que o motorista respeita, de verdade, o ciclista.
Há muitas ciclovias, mas onde elas não existem basta partir para o asfalto. Simples assim... Motoristas de ônibus, taxis e carros comuns desaceleram para dar lugar ao ciclista. Outra coisa que me chamou a atenção foi que até os ciclistas respeitam as faixas de pedestres e sinais vermelhos. Meu amigo Edmilson teve algumas dificuldades neste sentido (aliás em outros também, como andar sempre na contramão) e alguns londrinos tiveram a vida sob risco por um tempo.
A partir daí foi só andar, andar, andar... Como andei...









Fomos ao British Museum, ao Maritime Museum, ao Royal Observatoy (que só podia ser no alto de um morro), National Gallery e Natural Science Museum. Tudo isso com entrada franca (com algumas atrações pagas). Estivemos na London Bridge, Tower of London, City of London... Fomos também a inúmeras lojas... Tudo a pé... Fazia tempo que não andava tanto. Acho que desde que parei de trabalhar com a parte de campo de levantamentos topográficos.








Falando nisso, como Engenheiro Agrimensor vivi um momento ímpar. Estive na longitude 0. A linha imaginária de Greenwich que separa o planeta em Leste e Oeste. Como era de se esperar tirei a tradicional foto do histórico momento em que estive com cada pé em um hemisfério...
Todo este roteiro foi margeado por lojas e boas opções de alimentação. Claro que não faltaram McDonalds e Pizza Hut, mas também tivemos Aberdeen Stake House e outros.
Na London Eye fomos agraciados por um anônimo, provavelmente indiano, que estava com dois flyers que davam direito à uma entrada grátis para cada ingresso adulto comprado. Isto fez com que o passeio valesse ainda mais a pena. Lá o começo da jornada se dá com um filminho "4D" muito bem feito e partimos para a roda gigante.
O ponto alto, sem dúvida, de toda essa andança foi a apresentação do musical We Will Rock You. Por um preço equivalente à metade de uma boa peça no Brasil tivemos uma performance de padrão Broadway. Escrevi no Twitter que foi impressionante, amazing e tocante... Foi muito mais que isso.









Dia 8 - A volta pra casa e o tax refund









Já com as pernas e principalmente pés que não me agüentavam chegamos ao domingo de sol que deixamos pra Londres pra trás, mas antes disso uma menção ao excelente sistema de transporte local. Não é barato, mas a malha é tão grande, os modais tão interligados (inclusive as bikes) que faz o preço valer a pena.
Para ir ao aeroporto, por exemplo, andamos (o que mais eu poderia esperar?) por uns 10 minutos até a Paddington Station e de lá seguimos de trem numa viagem que em nada lembra o martírio de milhares de brasileiros que utilizam a malha nas grandes cidades - e olha a Copa vindo aí.
Chegando lá, partimos para buscar o refund dos impostos que pagamos em algumas compras.
Para os que não conhecem ou já ouviram falar e não têm detalhes, o Tax Refund é uma espécie de programa governamental que devolve para os "não residentes" aquilo que pagam de impostos em cada nota fiscal (o chamado VAT - seria tão bom se a carga tributária brasileira fosse assim tão simples).
A lógica por trás da devolução é que o turista não permace no país para usufruir dos benefícios gerados por estes impostos (saúde, educação, etc). Perfeito!
Foi a primeira vez que tentei e como não foi tão óbvio pelas dicas que encontrei vou deixar as minhas por aqui resumidas e já me prontifico a responder as dúvidas que aparecerem nos comentários. Vou tentar resumir mesmo...
1 - Em cada loja que fizer compra peça pelo "tax refund" ou algo parecido. O vendedor poderá preparar ali mesmo, te indicar um local no subsolo ou andar superior para levar a NF. Ele pode ainda dizer que a loja não oferece tal opção ou que o valor da compra não te dá direito ao refund (se não me engano abaixo de 20 libretas). Os Gift Cards do iTunes e App Store não dão direito ao benefício independente do valor;
2 - Ao chegar no aeroporto procure pelo "Customs, Tax Refund, VAT" guichê. No terminal 1 do Heathrow fica bem num bequinho ao lado direito da entrada para os portões de embarque. Quando fui a fila não estava grande e andou rápido... Você deve apresentar o cupom que pegou na loja com alguns dados preenchidos (nome, passaporte, endereço, etc). A pessoa vai olhar pra você fazer umas perguntas e carimbar o cupom - dizem por aí que podem pedir pra você mostrar o produto, mas não vi pedirem pra ninguém. Fique tranquilo, pois o processo já está na metade - no nosso caso esta etapa durou uns 40-50 minutos;
3 - Agora você deve passar pela entrada que leva aos portões de embarque (aquela em que somos revistados e em seguida temos acesso ao Freeshop) - lembrem-se que estou dando os passos do que aconteceu comigo em junho de 2011 no terminal 1 do aeroporto de Heathrow. Logo quando você entrar verá à esquerda um guichê arredondado da Travelex, empresa responsável por operacionalizar a devolução da grana. A fila no nosso caso não estava grande, mas o processo é um pouco demorado... Ficamos mais uns 40 minutos e aí foi só mostrar o cupom carimbado pela autoridade da "Receita Federal" deles e vão perguntar se querem o refund em cartão de crédito (que é de graça e dizem que demora uns 5 dias) ou em cash (cobram 2,7 libretas). Pronto. Acabou...
Mais uma dica sobre o refund: embora o VAT seja de 20% sobre cada NF não se empolgue. As lojas cobram uma taxeta administrativa, geralmente valor considerável, para manter o processo funcionando, por isso é bom pedir o cupom sempre, mas ficar de olho no NET Refund (valor líquido da devolução que você terá em mãos ao final).

Espero que tenham gostado das dicas. Qualquer coisa estou à disposição nos comentários.


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