É brincadeira...
Como previsto, o governo levou à vitrine o PAC 2. Deu-se numa cerimônia pseudoadministrativa. Em verdade, uma pantomima eleitoral.
Tudo foi concebido de modo a realçar o papel da candidata de Lula à sucessão, Dilma Rousseff. A começar pela escolha da data.
O “novo” programa empilha obras e projetos para o ciclo de 2011 a 2014 e para além desse período. Coisa para o sucessor e para o sucessor do sucessor de Lula.
Se o objetivo fosse meramente administrativo, o plano poderia ser lançado até dezembro, último mês da gestão Lula.
Encurtou-se o calendário porque Dilma terá de deixar o governo. Em dois dias, ela troca a Casa Civil pelo palanque. Daí a pressa.
Convertida em estrela da cerimônia, Dilma discursou. "O PAC é uma herança bendita que vamos deixar para quem venha suceder o nosso governo", ela disse.
Um óbvio contraponto à “herança maldita” que Lula diz ter recebido do antecessor tucano. Dilma cuidou de vergastar FHC.
Disse que a era tucana foi marcada pela “estagnação”. Declarou que Lula “reconstruiu” o Brasil.
Como convém a uma candidata às voltas com a necessidade de atenuar a fama de durona, Dilma chorou.
Foi às lágrimas ao afirmar que os brasileiros não vão "deixar de escapar de suas mãos" o governo iniciado por Lula.
"Atravessamos o deserto da estagnação. O país retomou a rota do desenvolvimento”, disse a ministra-candidata.
“O governo Lula, um governo do qual nos orgulhamos muito de fazer parte, não aceita outro caminho que não seja o do desenvolvimento com distribuição de renda”.
Voltando-se para o chefe, arrematou: “Esse é o Brasil que o senhor, presidente Lula, reconstruiu para todos nós...”
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