segunda-feira, 29 de março de 2010

Lançado o ‘Programa de Acelaração da Campanha 2’


É brincadeira...



Como previsto, o governo levou à vitrine o PAC 2. Deu-se numa cerimônia pseudoadministrativa. Em verdade, uma pantomima eleitoral.

Tudo foi concebido de modo a realçar o papel da candidata de Lula à sucessão, Dilma Rousseff. A começar pela escolha da data.

O “novo” programa empilha obras e projetos para o ciclo de 2011 a 2014 e para além desse período. Coisa para o sucessor e para o sucessor do sucessor de Lula.

Se o objetivo fosse meramente administrativo, o plano poderia ser lançado até dezembro, último mês da gestão Lula.

Encurtou-se o calendário porque Dilma terá de deixar o governo. Em dois dias, ela troca a Casa Civil pelo palanque. Daí a pressa.

Convertida em estrela da cerimônia, Dilma discursou. "O PAC é uma herança bendita que vamos deixar para quem venha suceder o nosso governo", ela disse.

Um óbvio contraponto à “herança maldita” que Lula diz ter recebido do antecessor tucano. Dilma cuidou de vergastar FHC.

Disse que a era tucana foi marcada pela “estagnação”. Declarou que Lula “reconstruiu” o Brasil.

Como convém a uma candidata às voltas com a necessidade de atenuar a fama de durona, Dilma chorou.

Foi às lágrimas ao afirmar que os brasileiros não vão "deixar de escapar de suas mãos" o governo iniciado por Lula.

"Atravessamos o deserto da estagnação. O país retomou a rota do desenvolvimento”, disse a ministra-candidata.

“O governo Lula, um governo do qual nos orgulhamos muito de fazer parte, não aceita outro caminho que não seja o do desenvolvimento com distribuição de renda”.

Voltando-se para o chefe, arrematou: “Esse é o Brasil que o senhor, presidente Lula, reconstruiu para todos nós...”


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