sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Privatizemos a Petrobras e o Banco do Brasil já!


Recentemente entrei na discussão do tema "a Vale é nossa". No post exibi meus argumentos a favor da privatização e em seguida publiquei um texto do jornalista Cláudio Gradilone, da Revista Exame, um velho conhecido de quem frequenta esse espaço desde o início.
Desta vez termino a semana com mais um texto dele, que não deixa dúvidas, na minha opinião, sobre as vantagens de entregar uma empresa (qualquer que seja) a quem, de fato, tem condições de administrá-la. E olha que "número de empregos" não fez parte da análise (claro que estou de dizendo empregos de verdade e não aquele inchaço típico das estatais).
Como moro na Capital Nacional do Petróleo, cercado pela Petrobras por onde quer que eu olhe, tenho noção um pouco melhor para concordar com ele em relação à sua Privatização. Aproveitem o texto e lembrem-se: respeito as opiniões em contrário.


A Vale do Rio Doce é uma das maiores mineradoras mundiais. Uma empresa brasileira, que surgiu a partir de sábios investimentos estatais. Nos anos 40, o governo federal viu a importância de desenvolver a extração mineral brasileira, e apostou pesado na Vale do Rio Doce. Hoje, muitos anos depois - e dez anos depois de ter sido privatizada - a Vale é a melhor prova de que o Estado é mau gestor, os governos são péssimos administradores e que privatizar, assim como emagrecer, faz bem.

Quer ver? A Economàtica, uma empresa especializada em informações sobre companhias abertas, comparou com exclusividade para o blog a Vale do Rio Doce anterior à privatização com a Vale de hoje. A mudança foi de água (de torneira, com gosto de algas que infestam a represa) para vinho de primeira categoria. Poucos números bastam para a comparação:

- o faturamento subiu de 2,6 bilhões de reais para mais de 34 bilhões de reais, um aumento de 1.200%, em moeda constante, ou seja, a preços de 2007.

- o lucro líquido subiu de 224 milhões de reais para 10,9 bilhões de reais, um aumento de 4.800%.

- a rentabilidade patrimonial - ou seja, o quanto ganhou um investidor que investiu na Vale - subiu de 1,1% em 1996 (ùltimo ano da empresa estatal) par 23,7% em 2007.

- finalmente, o volume negociado das ações da Vale subiu de 15,7 milhões de reais por dia em 1996 para 574 milhões de reais por dia em 2007, também em moeda constante.

Os críticos da privatização diriam que a Vale conseguiria resultados tão bons de qualquer maneira, devido à elevação dos preços do minério de ferro. Sem dúvida, os resultados teriam melhorado mesmo se a Vale permanecesse estatal, mas não nessa proporção.

A melhora nos resultados da Vale pode ser classificada como impressionante. Não por acaso, o valor de mercado da companhia aproxima-se do valor de mercado da Petrobras, ainda segundo cálculos da Economática. Hoje, a estatal brasileira do petróleo vale 291 bilhões de reais na Bolsa. A mineradora vale 286 bilhões, dados do dia 27 de setembro.

Por isso, vale a pena defender, com unhas e dentes, a privatização imediata da Petrobras e do Banco do Brasil, além de todas as outras estatais com ações negociadas em bolsa. Só assim os acionistas e investidores poderão, de fato, participar dos resultados de boas empresas. A libertação do controle estatal vai permitir que os milhares de bons funcionários dessas corporações realizem melhor seu trabalho, sem terem de se preocupar com os limites da gestão estatal - isso sem falar na tragédia das indicações políticas para cargos executivos.

3 comentários:

Unknown disse...

Meu amigo, conte comigo na sua campanha.

Unknown disse...

Meu caro, concordo plenamente que a privatização da Vale foi benéfica e que a da Petrobrás também o seria, porém sou meio cético em acreditar que privatizado o BB manteria sua atuação em alguns setores (rurais principalmente). Somos uma empresa eficiente e lucrativa, e que sob muitos aspectos já trabalha como empresa privada, mas que mantém linhas pouco lucrativas à disposição de todos, coisa que privatizado não faria.

Unknown disse...

Pois é meus caros. Restam poucas dúvidas do suceso das privatições. Bruno, acho que no caso do BB as áreas essencialmente "sociais" poderiam continuar sendo tocadas pelo governo. O resto meu amigo...