Havia percebido a entrada de uma nova coluna no site da VEJA, mas não havia entrado ainda. É a coluna do Augusto Nunes (como estou nas primeiras leituras não tenho muito o que dizer sobre ele - desculpem-me minha ignorância).
Vamos a um trecho que gostei em que ele comenta a ação dos sem-terra no Pará. Aquela em que jornalistas foram usados como escudos...
SEÇÃO » Direto ao Ponto
Os fora-da-lei do campo descobrem as vantagens do escudo humano
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Em barracas de lona preta, milhares de sem-terra ocupam há quatro anos o que é de outros. Poderiam estar lucrando com os frutos da terra se tivessem genuíno interesse pela vida de agricultor e alguma intimidade com as coisas do campo. Não têm. Se tentasse manusear uma foice, o chefe João Pedro Stedile entraria para a História como o primeiro revolucionário a decepar a própria cabeça. Se resolvesse acompanhar o general com uma enxada, qualquer subordinado acabaria amputando um pé. É natural que todos prefiram estudar marxismo, ou rezar ajoelhados sob o pôster de Guevara. E, a partir de agora, também aprender como se improvisa um escudo humano. O governo garante a comida e a impunidade. O MST pode lutar sem sobressaltos pelo extermínio da democracia.
É o Brasil.
Um comentário:
Disse tudo. Tudo verdade!
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