Fazia um belo dia naquela quinta-feira. Estávamos eu e a Marcela Pasuch (minha fiel escudeira) iniciando o dia de trabalho no escritório quando recebi uma ligação. "Tú tens aí contigo um GPS de navegação com coordenadas das barragens?", "não", "mas se te emprestarmos um, tem como tú "acompanhar" um pessoal do consórcio que virá de helicóptero de Porto Alegre? Eles pousam no campo de futebol pra te pegar e tú "ajuda" eles".
Recém-formado, fiquei tão empolgado que quase liguei pra minha mãe... Lá pelas 10h tocou o telefone. Seriam eles? "Tchê, eles vão se atrasar e não vão poder parar aqui em Nova Roma", "blz, se precisarem de alguma coisa é só me ligar". Lá se ía minha primeira viagem de helicóptero.
Não me lembro bem se no mesmo dia a tarde ou no outro de manhã, quando fui tomar um café no bar do Beto (onde fica a rodoviária de Nova Roma), ele me perguntou: "E aí guri? Tú "viu" que sumiu um helicóptero do pessoal das Usinas?"
Depois explico o porque deste post. Abaixo a matéria de jornal daquele dia...
Porto Alegre, sexta-feira, 30 de novembro de 2001
QUEDA DE HELICÓPTERO MATA CINCO NA SERRA
Um helicóptero Esquilo caiu por volta das 12h30min de ontem no município de Pinto Bandeira, na divisa com Bento Gonçalves, causando a morte do piloto e dos quatro passageiros. A aeronave perdeu o controle quando realizava uma vistoria sobre a área onde a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) deverá construir três hidrelétricas. O Esquilo pode ter batido em um cabo de eletricidade. Morreram o comandante Salmeron Ferreira Alves, o engenheiro da Ceran Paulo César Ferreira Morais, o agrônomo Jean Marcel Vieira, da ABG Engenharia Ambiental, e os técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente
Fernando Freitas da Rosa e Carlos Porto da Silva.
Fonte: http://www.crestani.hpg.com.br/diario/30112001.htm
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