domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Nobel Krugman e a crise

Com o Claro 3G dando uma trégua no domingo pude voltar a fazer o que mais gosto: ler (de preferência atualidades financeiro-econômicas na internet).



As notícias sobre a crise americana já se tornaram costumeiras e parece-me que o mercado baixou um pouco a guarda para uma recente valorização. Pra ficar num exemplo pessoal, a pequena quantia que me sobrou investida após a compra do carro aumentou quase 10% desde 01 de fevereiro.
Por isso, me chamaram a atenção os artigos de Paul Krugman no NY Times. Krugman ganhou o Nobel de Economia no ano passado, mas já era reconhecido por escrever sobre Economia de uma forma um tanto mais fácil de se entender.
Ele apresenta várias críticas (e agluns elogios) ao pacote de Obama e sua forma de conduzir a crise nesse início de governo. O ponto dele é simples e nos leva a pensar sobre o que vem por aí: espera-se uma queda de 14% no PIB americano nos próximos dois anos (um tombo e tanto que traz preocupação a todos) e isso representa aproximadamente US$2 trilhões (isso mesmo, mais ou menos dois "Brasis"). Há previsões ainda piores... Visto sob essa ótica, o pacote de US$800 bilhões é pouco, muito pouco.
Pra piorar, pelo o que se tem do final de semana, ele deve ficar menor e boa parte se dará por redução de impostos. Algo que os republicanos vem fazendo há anos e já se mostrou insuficiente para debelar a crise. Aliás, ontem durante THE DAILY SHOW: GLOBAL EDITION a piada do momento era sobre a insistência nessa história de cortar impostos.
Krugman continua traduzindo números em realidade e afirma que a redução que o senado impôs ao plano vai se traduzir em mais 600.000 americanos desempregados. É muita gente...

Se você se interessa por Economia deve estar gostando do que vê, por isso recomendo Krugman entre seus "Favoritos".
Pra fechar, um pouco abaixo, ele comenta o risco de deflação na economia americana. Aí é pra fechar a tampa... A equipe de Obama já se convenceu do risco e o presidente engrossou a voz para dizer que uma catástrofe poderia acontecer se o pacote não fosse aprovado.
Para Krugman isso deve acontecer de qualquer jeito. Fiquemos atentos.

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