sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Adeus recessão

Está aí pra todo mundo ver. O Brasil saiu, tecnicamente, da recessão. Reforço o "tecnicamente", pois para uma boa porção da população (uns 200.000 pelo menos), ainda desempregada, a geração de riqueza segue caindo.

Lula não perdeu tempo e disse que o pânico veio daqueles que não acreditaram nele quando dizia que era só uma marolinha.
A verdade é que se o Banco Central, BNDES, Caixa Ecônomica e Banco do Brasil tivessem acreditado nele e mantido o mesmo comportamento anterior a crise, com certeza a coisa ia ficar feia. Por isso não se enganem, na minha modesta opinão. Lula não estava certo quando pedia para as pessoas continuarem gastando, que tudo seguiria bem. Ele acertou ao reconhecer que a crise era séria, deixou isso bem escondido no discurso oficial, e ordenou uma orquestrada ação com os bancos acima para debelar a crise.

Isso já está tendo um efeito colateral no contexto geral. A crença no estado forte sempre esteve em alta, mas agora passou da órbita terrestre. Lembrando que estado forte no Brasil significa mais cargos, mais corrupção e muito mais, mas muito mais ineficiência.

A Petrobras é a bola da vez e alguns mais empolgados falam, timidamente é verdade, em reestatizar a Vale. Só podem estar malucos.
Tivessem privatizado a Petrobras na mesma época que a Vale e tivesse ela seguido o mesmo caminho da mineradora teríamos a maior companhia de petróleo do mundo. Mas e a riqueza do povo brasileiro? A soberania? Bla, bla, bla...
Petróleo ou qualquer outro produto só tem serventia para um país quando traz riqueza, isto é, dinheiro, e a Vale é um exemplo disso quando paga mais impostos hoje do que oferecia de lucro quando era mais um dos armários cheinho de cabides para empregar amigos.

Bom, como já estou desviando do assunto, finalizo indicando um link para o Folha Online com mais detalhe sobre os números do IBGE e a repercussão internacional: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u622759.shtml

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