sábado, 6 de setembro de 2008
O petróleo não será mais nosso
O Prof. Kanitz é uma das minhas dicas de site aí do lado. Sempre leio seus aritgos, já fui em uma de suas palestras e espero ter a oportunidade de revê-lo.
O texto abaixo foi retirado da VEJA desta semana, que aliás está muito boa (em função de matérias especiais em comemoração aos seus 40 anos), e trata do Pré-sal. Eu sei, você já deve estar pensando "de novo?!", mas não é isso... Como era de se esperar de uma mente, em minha opinião, iluminada, o Professor traz à tona uma proposta diferente de tudo que se ouviu até agora. Vale a pena...
"Mais uma vez vão prejudicar os jovens do Brasil, vendendo a ‘preço de mercado’ o que seria deles"
É assustador como neste país nossos recursos naturais são rapidamente loteados. O caso do pré-sal é ilustrativo de como pensam os brasileiros, e de como nós, brasilianos, faríamos diferente. Nós, brasilianos, acreditamos que o petróleo é nosso, que deveria ser usado em benefício dos brasilianos desta nação, que ele é estratégico para o desenvolvimento. Os brasileiros que se manifestaram até agora acham que o pré-sal deve ser exportado para outras nações, que o lucro deve ser investido num fundo soberano off-shore, para não pressionar o câmbio e não prejudicar os brasileiros que exportam outros produtos para essas mesmas nações.
Antigamente, isso seria chamado de entreguismo. Exportar petróleo para conseguir uma receita extra em dólares é um erro monumental. Daqui a dez anos o petróleo poderá custar em torno de 290 dólares o barril, e os dólares colocados no fundo soberano não nos permitirão sequer recomprar o mesmo petróleo exportado. Esses brasileiros acham que somos uma Arábia Saudita, uma Noruega ou uma Venezuela, onde o petróleo é a única fonte de receita externa. Esquecem que temos uma economia bastante diversificada, que já exporta o suficiente. Querem repetir 500 anos de história econômica, quando brasileiro era a profissão daqueles que exportavam matérias-primas e não uma cidadania daqueles que, como eu, querem criar empresas para processar essas matérias-primas no Brasil.
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