Será a hora de comprar? Comprar o que? Sei lá... Do jeito que anda a economia. Isto mesmo, estou falando do mercado de ações.
Passei o dia longe da internet e a noite fui para minha primeira aula de Español (pois é, não conseguiria ficar sem estudar alguma coisa durante o ano).
Isso mostra o quanto estamos atrelados ao comportamento do mercado americano. Por aqui, teoricamente, não houve novidades de peso (nem positivas, nem negativas), mas lá... Foi muita coisa ruim vindo à tona ao mesmo tempo. Vejamos o que diz o Vinícius da Folha em seu Blog:
Descendo a ladeira
Bofetada no Buffett: A Berkshire Hathaway, empresa de investimentos e participações acionárias do triliardário A empresa presidida por Warren Buffett anunciou hoje que perdeu dinheiro pelo quinto trimestre consecutivo. Buffett é um dos investidores mais espertos e sensatos do planeta...
AI, G: A AIG, que foi um dia a maior seguradora do mundo, quebrou de novo _quebrou mesmo estatizada pelo governo dos EUA (que encampou a seguradora em setembro de 2008)...
CDS, desce, despenca, quebra etc: A AIG é candidata ao Oscar de atriz principal do desastre financeiro (candidata, pois este filme ainda não acabou). Era uma megadôntica negociante de CDS (“credit default swaps”, um derivativo que serve como seguro contra calotes em instrumentos financeiros...
Xepa no HSBC: o bancão inglês está desesperado para arrumar dinheiro e não ser estatizado, como seus compatriotas. Vai vender um monte de ações a preço de banana, como abobrinha em baciada, na xepa. Quer levantar o equivalente a US$ 17 bilhões.
Resumo da ópera: algumas das maiores instituições financeiras do mundo continuam “quebrando” (com o governo tapando vazamentos) ou em vias de quebrar. Em vez de eventos catastróficos, como a quebra explícita do Lehman, porém, estamos vendo hemorragias incontroláveis, compensadas apenas com transfusões insustentáveis de sangue.
Dow, desce: O Dow Jones está agora, 14h28, em 6.847 pontos, menor nível desde 1997, pouco depois de Alan Greenspan dizer que os mercados financeiros viviam a “exuberância irracional”, três anos antes do estouro da bolha pontocom, das empresas de internet e correlatas.
Torcida: mais cedo havia gente dizendo nas TVs e rádios daqui e do mundo que houve “surpresas favoráveis” em indicadores de hoje, como o ISM, o índice que agrega os indicadores do comportamento futuro da indústria (como encomendas, por exemplo) nos EUA. O índice “subiu” de 35,6 para 35,8. Menos que 50 representa contração industrial. Outros diziam que a renda nos EUA subiu. Sim, o governo reajustou salários do funcionalismo e as aposentadorias.
As cheerleaders do mercado jamais se cansam.
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