segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sem ajuda do governo, cresce o temor de falência da GM e Chrysler


Crise reduziu vendas de automóveis e agravou situação das montadoras americanasCrise reduziu vendas de automóveis e agravou situação das montadoras americanas

Portal EXAME - Como as conversas sobre a fusão entre a GM e a Chrysler seguiram sem uma conclusão após o fim de semana, cresceu o temor de falência das empresas. Segundo o Wall Street Journal, as duas montadoras americanas precisam de ajuda do governo para afastar o temor de quebra. O problema é que analistas e investidores começam a questionar se as empresas - isoladas do mercado de crédito e queimando caixa rapidamente - podem conseguir algum amparo estatal que evite um futuro pedido de concordata.
As montadoras, políticos e sindicatos têm discutido pelo menos três planos diferentes de estímulo ao setor. O principal dele prevê que o governo faça uma injeção de capital na montadora gigante que resultaria da fusão da GM com a Chrysler. Juntas as duas montadores precisariam de 10 bilhões de dólares para dispensar empregados, fechar fábricas, integrar as operações e ter caixa para enfrentar tempos difíceis. Sem isso, as empresas ficariam sem caixa no segundo semestre de 2009, estimam analistas.
A crise teve um efeito severo sobre o mercado automobilístico americano. Com o crédito mais escasso, as vendas de automóveis despencaram nos últimos meses e agravaram a situação das montadoras, que já era complicada. Uma ajuda do governo, entretanto, não está descartada porque GM e Chrysler têm cerca de 10 mil concessionárias e faturam somente nos Estados Unidos entre 110 bilhões e 130 bilhões de dólares por ano - ou cerca de 1% do PIB do país. Aproximadamente 145 mil pessoas trabalham para as duas montadoras ou em empresas de autopeças ligadas e 600 mil pessoas têm seus planos de aposentadoria mantidos pelas duas empresas.
Procurados, porta-vozes de GM e Chrysler disseram que não trabalham com a hipótese de apresentar um pedido de concordata para se proteger de possíveis pedidos de execução de dívidas.

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