terça-feira, 12 de agosto de 2008

GRANDE Falconi


Recebi, finalmente, a revista HSM Management deste bimestre e na capa uma feliz surpresa: Vicente Falconi, segundo a revista, o maior consultor brasileiro da atualidade. Muitos concordarão, outros não, mas isso não vem ao caso.
Sou um grande fã do movimento pela qualidade, baseado principalmente em Método (e processos), liderado por esse meu conterrâneo.

A matéria sobre ele é uma entrevista dada em três tempos com muita coisa boa. Muita mesmo... Abaixo destaco o que considerei mais importante, mas se você tiver acesso ao conteúdo, vale a leitura.

Qual é a seqüência do método?
O estabelecimento da meta costuma ser definido como o ponto inicial. Mas aí já existem dois problemas. Primeiro, nas empresas, é muito comum que o pessoal coloque uma meta e tenha a sensação, no ato de colocá-la, de que ela já foi atingida –só que chega o fim do ano e eles têm a “surpresa” de que não foi. Segundo, precisa ter um método para definir
a meta –levantamento de fatos e dados, cruzamento e análise disso tudo, discussão com várias pessoas, o que é uma etapa importantíssima. A maioria das pessoas não passa por esse processo, porque dá trabalho; elas sentem preguiça ou são arrogantes –preferem ir das opiniões para as soluções.
Aí vem o segundo passo, o plano de ação, e aparece o segundo problema também: o executivo propõe um plano de ação e acha que o simples fato de ele existir já garante tudo; ele vai descansar, achando que os outros vão executar o plano. Esse gestor se esquece de que tem de ficar em cima das pessoas, acompanhando ação por ação –se foi implantada e como– para que possa haver segurança. Uma vez que o plano de ação tenha sido implantado, é preciso ir conferindo se todas as ações foram implementadas mesmo e, no final, se o resultado projetado foi alcançado.
Se a meta foi atingida, ainda não é hora de descansar, como muita gente pensa. Vem a quarta fase, que é a de padronizar. Significa treinar à exaustão as pessoas relacionadas com aquilo que está sendo feito –o novo conhecimento adquirido– e deixar o registro. Isso quer dizer padronização. Posso afirmar que quase ninguém faz isso para valer, no Brasil e no exterior.
E, se a meta não tiver sido atingida, também há uma quarta fase: é preciso rever toda a seqüência do método –essa que eu acabei de expor– para descobrir o que deu errado. |É hora de perguntar: “Por que a meta não foi atingida?” e analisar tudo de novo. Ninguém faz isso, entendeu?
Qualquer resultado pode ser alcançado, qualquer um. Só que cada resultado tem um preço.

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