...do pré-sal já começou no campo político muito antes
de que se tenha extraído das jazidas um único barril.
Superar essa fase de especulação e encarar a exploração
a sério tem de ser o próximo passo
O Brasil despertou, no ano passado, para uma potencial riqueza depositada nas profundezas de seu litoral: as reservas petrolíferas existentes na chamada camada do pré-sal, situada a 300 quilômetros da costa e a 7 000 metros abaixo da linha d’água. Não se sabe ao certo quanto petróleo existe na região. Nem se sabe com precisão a viabilidade econômica de extrair o produto a uma profundeza equiparável a um Monte Everest abaixo da linha d’água – e em mar alto. Alguns especialistas estimam que possa haver 80 bilhões de barris, quantidade suficiente para alçar o país ao posto de sexta maior potência petrolífera do mundo, à frente da Venezuela. Seria muito petróleo. E muito dinheiro. Pela cotação atual, de 112 dólares por barril, as reservas do pré-sal, se comprovadas, valeriam 9 trilhões de dólares, ou sete vezes o PIB brasileiro. Até pouco tempo atrás, a perspectiva de tamanha riqueza vinha atiçando todo tipo de devaneio nacionalista. Sugeriu-se que o Brasil antecipe seu ingresso na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Falou-se ainda na necessidade de acelerar o projeto do submarino nuclear nacional para defender o tesouro submerso da ganância das potências estrangeiras.
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