quinta-feira, 10 de maio de 2007

Análise técnica: o temido mês de maio pode deflagrar uma realização na Bovespa?


Para aqueles antenados no mercado...

Por: Fernanda Senra
09/05/07 - 19h00
InfoMoney

SÃO PAULO - Após um início cauteloso, com o Ibovespa operando próximo da estabilidade no início de pregão, a quarta-feira representou mais um dia de recordes, não somente para o mercado acionário brasileiro, mas também para as Bolsas norte-americanas.

Dentro deste contexto, o que se pode esperar da Bovespa nos próximos dias? Na opinião de Leandro Ruschel, da Leandro.Stormer, o mercado apresenta um movimento claramente altista no gráfico diário e, por ora, sem sinais de correção mais forte.

Suporte em 49.500 pontos
Na última terça-feira, o pequeno movimento de realização esbarrou na zona dos 49.500 e, sendo assim, apenas a perda deste patamar indicaria a possibilidade de uma queda mais aguda para o índice no curtíssimo prazo, ressaltou.

Nesta quarta-feira, o teste do patamar dos 50.900 pontos foi importante, completou Ruschel, o que poderia ter limitado o movimento no intra-day. No entanto, seu rompimento indica a busca de um objetivo relevante, por volta dos 52.700 pontos.

Mês de maio é complicado
Por sua vez, Theodoro Fleury, da Ativa Corretora, lembra que o mês de maio costuma ser complicado para as bolsas, já que muitos aproveitam para embolsar lucros depois da temporada de resultados.

Por ora, os gráficos mostram o mercado perto de uma zona muito perigosa, já que a faixa entre 51 e 52 mil pontos é um objetivo importante que dificilmente vai ser superado sem uma forte realização de lucros precedente.

Sendo assim, para quem está comprado pode ser interessante esperar mais um pouco, desde que com stop curto. Para Fleury, se a realização realmente vier, o Ibovespa deve encontrar suporte imediato em 48.000 e 46.500 pontos.

Mercado vai, no máximo, aos 52 mil pontos
Já em uma perspectiva mais longa, caso as bolsas mundiais passem por uma queda forte, por aqui o recuo pode levar o mercado de volta aos 41 mil pontos. Naturalmente, ainda é cedo para afirmar isso, mas esta possibilidade não deve ser ignorada, alerta Fleury.

Em linha com tal perspectiva, Ruschel também lembra que uma análise de prazo mais longo mostra a boa possibilidade de formação de um topo em maio, o que dificulta, no momento, a estruturação de posições compradas para um prazo mais longo.

Enfim, apesar de o Federal Reserve ter trazido boas notícias, na opinião de Fleury, "o máximo que pode provocar aqui é uma alta até a resistência a 52.000". No curto prazo, este nível é o teto para o Ibovespa.

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