segunda-feira, 21 de maio de 2007

Quem é que desce a ladeira?!...





Dólar cai mais de 1% e encerra negócios a R$ 1,940, menor cotação desde 2001
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online


O dólar comercial encerrou os negócios desta segunda-feira a R$ 1,940 (valor de venda), às 16h29, a menor cotação registrada nos negócios de hoje. O valor representa um recuo de 1,12% sobre o taxa final registrada na sexta-feira. Trata-se do menor valor da moeda americana neste ano e sua cotação mais baixa desde 3 de janeiro de 2001.

O Banco Central anunciou leilão de compra às 15h47, próximo ao horário de encerramento dos negócios. A autoridade monetária adquiriu moeda a R$ 1,9404 (taxa de corte).

"A sobra de dólares está muito grande no mercado. Há um ano, era de uns US$ 220 milhões. O superávit da balança comercial cresceu uns 40% no ano passado e o saldo diário [exportações menos importações] continua praticamente o mesmo", afirma Johny Kneese, diretor da corretora Levycam.

Hoje, o governo divulgou um superávit de US$ 1,301 bilhão na terceira semana de maio, a melhor do mês e do ano. Com esse resultado, o superávit comercial (saldo positivo entre exportações e importações) atingiu US$ 15,690 bilhões no ano, ante saldo positivo de US$ 14,830 bilhões registrados de janeiro até a segunda semana de maio de 2006.

A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+, manteve-se no patamar histórico de 140 pontos durante toda a manhã, para ajustar em 142 pontos próximo ao final da tarde. Nos últimos 15 dias, duas agências de classificação de risco elevaram o "rating" do Brasil (nota de risco de crédito), deixando o país a "um passo" da categoria das economias de "grau de investimento" --em que a possibilidade de calote é considerada mínima.

O risco-país mede o quanto investidores exigem de "prêmio" para adquirir títulos da dívida brasileira, em comparação com os títulos do tesouro dos EUA, considerados de risco mínimo. Na prática, funcionam como indicadores informais do grau de confiança dos investidores que movimentam recursos globalmente na economia de um país e de sua capacidade de cumprir seus compromissos financeiros.

Juros futuros

Os contratos futuros de juros deram sequência às quedas consecutivas verificadas na semana passada. O contrato de janeiro de 2008 projetou taxa de 11,31% ante 11,32% na sexta-feira. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada passou de 10,54% para 10,50%. Já no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada cedeu de 10,20% para 10,15%.

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