terça-feira, 15 de maio de 2007

Fernando Moura e o Gabrielli


Meu amigo Fernando Moura (Petrobras), também conhecido como Magoo, é um sujeito metódico, com grande capacidade de pensamento e reflexão.
Antes da aula de Direito Empresarial na terça conversamos sobre “quando o petróleo acabar”. O petróleo não é só nossa matriz energética atual. É também parte da fabricação de praticamente tudo ao nosso redor, basta dar uma olhada à sua volta e buscar algo que não tenha sido criado sem uma gota do “ouro negro”.
Pois bem, foi uma conversa proveitosa e para minha surpresa ao pegar a Revista Veja desta semana, quem está nas “páginas amarelas”: José Sérgio Gabrielli. Presidente da Petrobras. Entre outras respostas veja sua opinião sobre o fim da Era do Petróleo. Como se vê, o Fernando vai longe..


Veja – A recente compra do grupo Ipiranga pela Petrobras, em associação com o Grupo Ultra e a Braskem, não indica uma guinada rumo ao estatismo, a uma presença maior do estado na economia? Por que, afinal, entrar nesse negócio agora?

Gabrielli – Não. Isso só demonstra que a Petrobras quer aumentar sua participação na petroquímica. Nessa mesma direção, estamos construindo um complexo petroquímico que é o maior empreendimento industrial do Brasil. Estamos investindo 8,3 bilhões de dólares. Não porque queiramos aumentar a presença do estado em coisa nenhuma. A razão é estratégica. Quando o mundo estiver vivendo uma nova era, movida a outro tipo de combustível, como o etanol, ainda haverá petróleo por aqui. O petróleo sobreviverá à era do petróleo, mas isso vai se dar principalmente através do plástico e dos produtos petroquímicos. Nossa visão é de longo prazo.

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