sábado, 12 de maio de 2007

(Quase) Atendendo à minha irmã e um pouco de política


Minha irmã fez ontem sua primeira visita ao blog. Ela é estudante de Enfermagem na Federal do Espírito Santo em Vitória e achou interessante a idéia, porém me disse que só falo de negócios e trabalho.
Como ela é a caçula da família não vou resistir e mudarei um pouco de assunto para algo que também gosto, mas preferi manter fora do blog para evitar polêmicas pelo menos no início: política.
Sei que não exatamente o que ela esperava, mas já é alguma coisa...


Blog do Josias
Aos poucos, governo vai virando ninho de greves

Brindado pela Câmara com um reajuste salarial de 28,5%, o ministro Guido Mantega (Fazenda), administrador da chave do cofre, revelou a intenção de dar “uma festa”. Há, no governo, muita gente que, embora ambicione uma felicidade à Mantega, ainda não conseguiu programar a festa.
Devagarinho, o governo do ex-sindicalista Lula vai se convertendo num ninho de greves. Embora pouca gente tenha notado, os funcionários do Banco Central, que trabalham ali mesmo, na cozinha do ministério de Mantega, estão em greve há uma semana. Reivindicam um aumento 43%. O suficiente para elevar os seus contracheques, em média, de R$ 7,1 mil para R$ 10,2 mil.
Na segunda-feira, cruzarão os braços os cerca de 6,5 mil servidores do Ibama, repartição subordinada à ministra Marina Silva (Meio Ambiente). Neste caso, para gáudio de Mantega, a reivindicação não é salarial. Pede-se a revogação de uma medida provisória que repartiu o Ibama em dois, enfraquecendo-o, na visão dos funcionários.
Como se fosse pouco, segue a novela salarial da Polícia Federal, que pende do organograma de Tarso Genro (Justiça). Encontra-se sobre a mesa um velho percentual: 30%. Prometido em 2006 pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, o aumento foi rebarbado pela equipe do festeiro Mantega e pelo time do companheiro Paulo Bernardo (Planejamento).
A PF promoveu três paralisações de advertência de 24 horas. Acenou com novas greves, dessa vez de 72 horas. O governo dobrou os joelhos. Mas não chegou a se agachar. Reconheceu a legitimidade dos 30%. E propôs um parcelamento a perder de vista: primeira parcela em 2008, segunda em 2009 e terceira em 2010, último ano do segundo reinado.
“Inaceitável”, reagiu o delegado Sandro Avelar, presidente da ADPF (associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. O sindicalismo da PF quer levar às últimas conseqüências a genuflexão da área econômica. Mantém de pé um calendário de paralisações que prevê a realização de greves, agora de três dias, a cada quinzena, a começar já em 22 de maio. Prevê também, como último recurso, greve por tempo indeterminado, a partir de junho.
Para não parecer intransigente, o corpo funcional da PF admite o pagamento em parcelas: uma retroativa a janeiro de 2007, outra já e uma terceira no início de 2007. A contraproposta vai à discussão no início da próxima semana, no ministério do Planejamento.

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