quarta-feira, 9 de julho de 2008
O mundo olha para nós
O Anuário do Agronegócio da EXAME saiu faz algum tempo, mas só agora estou lendo... As oportunidades são enormes.
Abaixo segue um trecho da Carta ao Leitor que inicia o anunário. Ao que parece quase conteúdo está disponível para não assinantes. Vale a pena navegar por lá...
No início do ano passado, em meio a uma das piores crises do agronegócio brasileiro, EXAME decidiu lançar o primeiro número de um anuário dedicado ao setor. Parecia um péssimo momento para uma iniciativa como aquela. Nós, no entanto, enxergamos uma oportunidade. Era a chance de mostrarmos ao mercado e aos leitores o tamanho de nossa crença no potencial do agronegócio brasileiro. Sabíamos que a crise era profunda e dolorosa. Mas também sabíamos que, graças a todas as vantagens do Brasil na produção agrícola, ela teria de ser necessariamente passageira. O que aconteceu ao longo de 2006 e vem acontecendo atualmente mostra que nossa visão está essencialmente correta. O agronegócio brasileiro -- mesmo enfrentando os problemas de infra-estrutura, as pressões ambientais (algumas legítimas, outras nem tanto) e o enfraquecimento do dólar -- vive um período esplendoroso e dá uma enorme contribuição ao bom momento da economia do país. Pode-se colecionar uma série de motivos para a virada -- a ajuda do clima, um mundo em crescimento, a entrada no mercado global de milhões de pessoas que precisam ser alimentadas. Todos eles são reais. Mas seria um equívoco ignorar a enorme modernização pela qual o setor vem passando. Ela fica evidente na área de açúcar e álcool. Os velhos usineiros, que por décadas dominaram a produção do etanol, estão sendo substituídos por corporações com ações em bolsa e investidores estrangeiros. (O agronegócio já é um dos setores mais atraentes da Bovespa.) As usinas, cuja imagem pública foi marcada pelo trabalho extenuante dos bóias-frias, são cada vez mais invadidas pela alta tecnologia. Uma série de fusões e aquisições milionárias funciona como motor para o aumento da escala e da competitividade e para a formação de companhias com musculatura global. No mercado de trabalho, executivos capazes de administrar essas novas empresas nunca foram tão procurados e valorizados.
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